A actividade económica continua a fornecer indícios de abrandamento. O indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial da actividade, calculado pelo Banco de Portugal (BdP), «registou novamente uma diminuição face ao observado no mês anterior».
No mesmo período, «o indicador coincidente para a evolução homóloga tendencial do consumo privado, voltou a diminuir face ao observado no mês anterior», refere o banco central nos Indicadores de Conjuntura.
A casa governada por Vítor Constâncio avança ainda que «neste contexto, importa sublinhar que estes indicadores devem ser interpretados fundamentalmente como uma avaliação qualitativa das tendências da actividade e do consumo, e não como medidas contemporâneas precisas dos respectivos níveis de crescimento».
E acrescenta uma ressalva pouco habitual: «É de notar que estes indicadores se encontram rodeados da habitual incerteza estatística associada ao cálculo de indicadores compósitos, o que parece ser particularmente verdade recentemente».
De acordo com os Inquéritos de Opinião da Comissão Europeia, a confiança dos consumidores diminuiu no primeiro trimestre de 2008 face ao quarto trimestre de 2007 mantendo a tendência de diminuição iniciada em meados de 2007.
No mesmo período, a confiança nos sectores da indústria, serviços e comércio a retalho registam de igual modo uma diminuição face ao quarto trimestre de 2007 contrastando com um ligeiro aumento da confiança no sector da construção.
Banco de Portugal detecta nova queda da actividade económica
- Paula Martins
- 18 abr 2008, 14:00
Consumo privado dá novos sinais de enfraquecimento
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