Voleibol: Sporting dobra Benfica e empata final da Liga - TVI

Voleibol: Sporting dobra Benfica e empata final da Liga

Voleibol: Sporting bateu Benfica no dérbi

Arranque fulminante dos leões foi travado pelas águias. O nó apenas foi desatado no quinto «set»

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O Sporting empatou a final da Liga (1-1). Na tarde desta quinta-feira, e ao fim de três horas, os leões receberam e venceram o Benfica, por 3-2 (25-22, 25-23, 23-25, 23-25 e 15-11). Num encontro sempre equilibrado, os comandados de João Coelho desbloquearam o dérbi no arranque, mas apenas selaram o triunfo na «negra».

Recorde, aqui, o filme do jogo.

O desfecho do «set» inaugural foi desenhado por Wagner Silva e Galabov, determinantes para travar as águias e acumular pontos. Ainda que tenha entrado melhor, o Sporting foi – momentaneamente – travado por Lucas França e Eshenko.

Em todo o caso, a consistência dos anfitriões revelou-se decisiva. Mérito para o líder dos leões, João Coelho, que escolheu momentos cirúrgicos para parar o cronómetro e afinar estratégias.

O princípio da reação do Benfica

Galvanizados, os anfitriões edificaram vantagens de seis pontos, com Van Berkel, Thiago Barthe, Galabov e Wagner em evidência. Todavia, as respostas de Eshenko e de Lucas França permitiram ao Benfica repor a igualdade (16-16), aproveitando a permeabilidade dos leões na rede.

Num encerrar de «set» de algum nervoso miudinho, o Sporting sofreu, mas retomou o leme do dérbi, selando a vantagem em 25-23.

A conquista do segundo «set» elevou a festa no Pavilhão João Rocha, com muitos adeptos a acreditarem que o triunfo no encontro estaria próximo.

A águia na mó de cima

Depois de uma soberba recuperação, os comandados de Marcel Matz aproveitaram o embalo para o terceiro «set». Num parcial digno de tetracampeão nacional, as águias aplicaram parciais de 0-3 e 0-4 – que culminou no 2-7 – antes de estenderem a vantagem até aos seis pontos.

Seguiu-se a reação do Sporting, patrocinada pelo checo Galabov, que contribuiu para o empate a 23 pontos. Mas, os leões não estavam na mó de cima. Erráticos nos serviços, ofereceram sucessivas vantagens aos rivais, que não se fizeram rogados.

Como tal, o Benfica arrecadou o terceiro «set», por 23-25 (2-1).

Sporting pressionado

No quarto «set», o jogo foi mais psicológico do que tático ou técnico. Pablo Natan e Vítor Casas galvanizaram as águias para uma vantagem promissora. Se o primeiro foi determinante no ataque, o segundo distinguiu-se. E não apenas pelo equipamento alternativo. Isto porque o número 7 do Benfica elevou os ânimos dentro de campo e na bancada afeta aos seus adeptos.

Assim, o Benfica espreitou o segundo «set», ampliando a vantagem até aos 20-22. Nesse momento, Wagner Silva voltou a surgir nas alturas para aplicar a reviravolta (23-22). Em todo o caso, as águias seguiram consistentes e arrecadaram novo «set», uma vez mais por 23-25 (2-2).

Ao contrário do primeiro «round» desta final, foi necessário recorrer ao decisivo «set». A euforia das hostes leoninas deu lugar à apreensão.

Os heróis dos leões

O arranque do derradeiro «set» foi uma autêntica palmada na preocupação, com Licek e Lucas Van Berkel a lançarem os leões para uma vantagem interessante (12-7).

Num «set» de toada única, o Sporting selou o triunfo em 15-11, graças a novo «tiro» certeiro de Wagner Silva. Aquando da última buzina, Gil Meireles foi o primeiro a mergulhar para os braços dos adeptos.

A última vez que o Sporting conseguiu, pelo menos, três vitórias sobre os rivais foi na época 2017/18. O triunfo desta tarde foi o segundo no campeonato, ao cabo de cinco encontros.

Importa recordar que os leões conquistaram a Taça de Portugal, eliminando o Benfica nas meias-finais.

 

As reações a um dérbi equilibrado e emocionante

Vítor Casas (Benfica): «Equilíbrio é a palavra certa, as equipas estão a fazer valer o fator casa. Conseguimos recuperar o 2-0. Parabéns ao Sporting. Cabe-nos fazer o trabalho no terceiro jogo».

Marcel Matz (treinador Benfica): «Devemos tentar ser o máximo eficientes. Ambas equipas souberam aproveitar momentos menos bons. Foi um bom jogo para os adeptos. A Liga merece pavilhões cheios, numa modalidade em crescimento».

Gil Meireles (Sporting): «Nunca achamos que seria fácil. Perdemos a concentração no terceiro "set", mas conseguimos dar a volta. Queremos resolver a final, em casa, dia 1 de maio. Temos de ganhar e será este ano. É possível vencer na Luz, se todos forem connosco».

João Coelho (treinador Sporting): «Baixamos de qualidade no terceiro "set", mas fomos atrás do resultado. O momento em nada nos afetou. Saímos vivos para lutar pelo título. Devemos isso aos adeptos e temos um grande sentido de responsabilidade. Não há impossíveis. Podemos ganhar, estamos a jogar de igual para igual. É impossível estar sempre por cima do encontro. Somos justos vencedores. Jogamos em casa dia 1 de maio, mas queremos ganhar na Luz, no domingo. Sabemos que haverá poucos adeptos, porque há futebol, mas acreditamos sempre. Temos noção do que pedimos para nós, só por uma vez na história o clube conseguiu a dobradinha».

O terceiro «round» desta final está agendado para as 18h30 de domingo, no reduto do Benfica. Numa eliminatória decidida à melhor de cinco jogos, a final poderá ficar decidida na noite de quarta-feira (19h, 1 de maio), no Pavilhão João Rocha.

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