Vaga de frio faz disparar vendas de artigos de aquecimento em Portugal

De acordo com fonte da Sonae, responsável pela Worten e pelo Continente, contactada pela Agência Financeira, «as vendas de artigos de aquecimento (irradiadores a óleo, termoventiladores, convectores, desumidificadores, aquecedores gás, etc) à data crescem no seu global 50% face ao período homólogo do ano anterior», acrescentando que o produto mais procurado «são os termoventiladores».

Outra das empresas ligadas à venda deste tipo de artigos, a MediaMarkt, adianta igualmente que «a procura tem sido muito grande», apesar de salientar que não tem uma base comparável, em virtude de ter inaugurado a sua primeira loja em Portugal no mês de Maio de 2004.

Também a Rádio Popular, um grupo 100% nacional, de lojas de electrodomésticos de grande e média dimensão, destaca que «tem havido um crescimento em relação ao ano passado», escusando-se no entanto a divulgar valores, confirmando contudo que «tem sido grande».

No entanto, para além dos electrodomésticos também o consumo de gás subiu, sendo que fonte da Galp Energia adianta que «desde que começou a vaga de frio tem havido uma maior procura», acrescentando que a mesma regista um crescimento «à volta dos 15%».

Já no que diz respeito ao consumo de electricidade, a EDP prevê que o aumento possa chegar aos 20% durante este período, sendo que a meio do mês de Janeiro já se registava uma subida em cerca de 10%.

Recorde-se que no dia 9 de Dezembro de 2004 o consumo de electricidade em Portugal atingiu um máximo histórico, segundo um relatório da Rede Eléctrica Nacional (REN), data que o Instituto de Meteorologia considerou como o dia mais frio do ano, quando os termómetros registaram 4,8 graus negativos em Bragança, 2,4 graus no Porto, 2,8 em Lisboa e 2,9 em Faro.