Ana Guiomar esteve à conversa com Rui Maria Pêgo, no Podcast "Debaixo da língua". Através desta conversa, vai conhecer um pouco melhor a atriz, enquanto pessoa e profissional.
Rui Maria Pêgo questiona a atriz de 35 anos: "Tiveste muita dificuldade em dizer que eras atriz, porquê?". À qual Ana Guiomar responde:
"Tive sim senhora, porque tinha vergonha. Eu comecei nos Morangos, não é? Não tive escola, não tive formação, não tive nada. Fiz depois uns workshops e tudo o que aprendi foi a trabalhar. E às tantas havia quase um compromisso de....parece que só começas a dizer isso quando ganhas uma segurança ou quando tens a certeza daquilo que queres fazer, ou quando tens formação, então não foi logo imediato, foi muito mais tarde". Mas afinal, quando é que a atriz começou a afirmar que era atriz? Ana Guiomar responde: "Foi só passado 8 ou 10 anos" e explica o porquê e o que aconteceu para mudar de sentimento: "Mudou o eu ter a certeza que é isto que eu quero fazer. Às vezes as pessoas dizem: quero deixar esta vida. Eu não quero nada deixar esta vida. Eu quero mesmo fazer isto para sempre até conseguir. Não sei fazer mais nada que me deixe tão feliz".
O apresentador do Podcast perguntou: "És nostálgica?". Ana Guiomar confessa:
"Não sou nada, sou super desapegada. Não é que eu sinta saudade mas nunca é mau. Às vezes parecia um bocadinho maluca quando o Bart morreu, que era um cão que eu tive durante 14 anos, parece que eu não sofri, mas eu sofri, mas é um sofrimento que não me causa dor. Eu não sei explicar... eu às vezes explico isto às pessoas e elas dizem tu não és boa da cabeça, foi um cão que te acompanhou... As vezes que chorei a pensar nele eu chorei a rir, porque foi uma vida mesmo muito feliz. Eu fico mesmo feliz de ele ter sido meu, de ter vivido aquilo comigo e 14 anos é espetacular. Eu lembro-me sempre do Bart com mesmo, mesmo, muita alegria. O mesmo aconteceu com a morte do meu avô, que foi uma vida tão fixe, tão bonita que não se pode pedir mais".
A atriz dá vida a Aida em «Festa é Festa», como tal, Rui Maria Pêgo teve curiosidade e perguntou: "Quando de repente te caí uma coisa destas nas mãos como o «Festa é Festa» mega, mega sucesso, e és protagonistas e tens esse peso, como é que é fazer uma coisa que está na vida das pessoas há tanto tempo? E que tem tantas pessoas a ver?". A artista respondeu:
"Nós começamos a fazer o projeto para 3 meses em plena pandemia e toda a gente me dizia: tu não vais fazer isto, tu és completamente maluca. Eu estava em casa e pensei: mas porque não? Isto é tão engraçado, a personagem é tão diferente, é tão fora, é mais velha do que eu, que é uma coisa que eu nunca fiz, são três meses, isto não vai custar nada. E, de repente, o "Festa é Festa" foi uma avalanche de tudo, de carinho das pessoas, de aprendizagem, de amizade. As pessoas adotaram isto. Adotaram as personagens, não sei explicar. é mesmo engraçado, não sei explicar o fenómeno, acho que ocupou um sítio que não existia em televisão.
Quase a terminar a conversa, o apresentador pergunta: "Do que é que tu precisas? E tens alguma ambição?". A atriz revela:
"Depois de acabar estes projetos todos, preciso de tempo, de aprender mais coisas. Eu gostava muito de me apaixonar por um desporto qualquer, para ter uma postura um bocadinho melhor. Faz-me falta ver mais séries e filmes que é uma coisa que eu não faço muito".
No final da conversa, a atriz revela que gostava de apresentar o programa televisivo: "Preço Certo". E explica porquê: "Porque são pessoas reais, olha eu já vi um senhor na plateia a filmar, ele não sabe que aquilo dá na televisão. Mas atenção, o mérito é do Fernando Mendes, porque senão podia ser como outro programa qualquer e ninguém vai ser igual a ele.
De relembrar que, a atriz estreou-se na TVI nos Morangos com Açúcar, onde conheceu o namorado, Diogo Valsassina, com quem mantém uma relação, há já mais de 15 anos, e de quem está noiva.
Ana Guiomar dá vida a Aida em «Festa é Festa»: