No Goucha», o político recorda um susto de saúde que viveu.
Através do livro de memórias de Eduardo Ferro Rodrigues - «Assim Vejo a Minha Vida» - conhecemos na primeira pessoa a vida íntima, política e social de uma das figuras incontornáveis da democracia. Eduardo Ferro Rodrigues foi secretário-geral do Partido Socialista, ministro em vários Governos e, mais recentemente, Presidente da Assembleia da República. Nosso convidado para uma conversa intimista, recordou o momento, em 2018, em que teve medo de morrer: «Não é propriamente um diagnóstico muito bom saber que tem de se ser operado»
Surgiram nódulos no pulmão, que obrigaram à retirada de parte do orgão.
Ferro Rodrigues estudou no liceu francês e cresceu numa família, segundo o próprio, especial. O pai era autor de peças de teatro e também escrevia para a rádio e letras de canções. Das memórias felizes na infância, Ferro Rodrigues recordou que sabia das notícias do país através do pai, que lia o jornal «Diário de Lisboa» consigo.
Na adolescência, fez várias viagens, nomeadamente aos 15 anos quando foi de comboio com amigos para Paris. Foi nesta altura que surgiu o interesse pela política. Foi presidente da associação de estudantes das escolas onde andou e era revolucionário, nomeadamente fazendo manifestações contra a guerra colonial. Chegou mesmo a estar preso na prisão de Caxias.
Em 1986, Ferro Rodrigues entrou para o Partido Socialista e desde então somou cargos, como vimos anteriormente.
A nível pessoal, o político falou da sua história de amor e do seu papel enquanto marido, pai e avô.