Sócrates admite mais medidas de apoio à economia e emprego

O primeiro-ministro, José Sócrates, agradeceu aos parceiros empresariais e à UGT «a disponibilidade para debater com o Governo» e admitiu a possibilidade de reforçar as medidas apresentadas esta quarta-feira.

«Gostaria de agradecer aos parceiros empresariais e à UGT a disponibilidade que demonstraram para dialogar com o Governo, que hoje conduziu a primeira apresentação destas medidas. Quero sublinhar o facto de todos se terem disposto a cooperar para que [estas medidas] possam ser aprovadas num clima de concertação social», disse José Sócrates na residência oficial, em S. Bento.

E prosseguiu: «Estamos disponíveis para as discutir convosco no espaço próprio e para ampliar - se necessário - o número e extensão destas medidas, para termos uma discussão profícua, com vista à execução tão importante para o nosso país».

José Sócrates adiantou ainda que «o país precisa de fazer um esforço nacional para responder àquilo que são os desafios que temos pela frente», acrescentando que este é um sinal «muito positivo».

«Este clima [de diálogo e concertação] é a melhor forma de termos uma resposta reforçada aos problemas que temos pela frente. Sinaliza o esforço colectivo, nacional, que todos temos que fazer. E por outro lado, é também um sinal de esperança e confiança na economia do país», explicou.

Recorde-se que o Governo aprovou esta quarta-feira, em Conselho de Ministros, 50 medidas que visam o reforço da competitividade, o reforço do emprego e o reforço da recuperação económica do nosso país. Um passo que «se impunha» depois de aprovado o Orçamento do Estado.

As medidas em causa estão ligadas ao reforço das exportações, à reabilitação urbana, ao combate à fraude e à evasão fiscal, à redução dos custos administrativos para as empresas no combate à burocracia e ao mercado laboral.