O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) manifestou-se esta quinta-feira preocupado com o desemprego de cerca de cem trabalhadores da mina de Aljustrel (Beja), na sequência da suspensão da actividade produtiva no complexo.
«Achamos que não estando boa a situação (da viabilidade da mina, devido aos baixos preços da cotação do zinco), os postos de trabalho deviam ser salvaguardados», defendeu à «Lusa», Luís Sequeira, do STIM.
Recorde-se que a Lundin Mining Corporation, grupo sueco/canadiano, anunciou esta quinta-feira a suspensão da extracção e produção de zinco nas minas de Neves-Corvo (Castro Verde) e Aljustrel (Beja), devido à baixa cotação daquele metal no mercado e até que «haja uma recuperação dos preços».
No caso de Aljustrel, esta decisão, que implica colocar o complexo em situação de manutenção das instalações, tem «efeitos imediatos».
Trabalhadores estão desconfiados
Quanto a Neves-Corvo, a suspensão diz respeito à produção de zinco, mas o complexo mineiro vai continuar a extrair e a produzir cobre, sendo a lavaria de zinco aproveitada para tratar também minério de cobre.
A Lundin Mining pretende começar a contactar os trabalhadores, a partir de sexta-feira e até dia 20, para negociar a rescisão dos contratos.
«Estamos desconfiados de toda esta situação. Se é uma suspensão temporária, até virem melhores dias em termos da cotação do zinco, porque é que a empresa está já a pensar em rescindir os contratos com as pessoas», questionou Luís Sequeira.
«As pessoas investiram aqui. É pessoal muito novo, com formação e deixaram outros empregos para poderem vir trabalhar na mina de Aljustrel. Deviam ser aproveitados para quando a suspensão terminasse», rematou.
Minas: sindicato preocupado com desemprego de 100 trabalhadores
- Redação
- CPS
- 13 nov 2008, 17:21
Suspensão da actividade produtiva deve-se à baixa cotação do Zinco no mercado
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