Confrontos em alto mar

Os membros de um grupo de protecção a mamíferos que atacaram baleeiros japoneses ao largo da Antárctida, ferindo dois, são «terroristas», afirmou a Agência Japonesa das Pescas, noticia a Lusa.

Dois activistas do navio de protesto «Sea Shepherd» estiveram desaparecidos durante os confrontos com o navio baleeiro Nisshin Maru, na manhã de sexta-feira, mas foram salvos - com os membros da tripulação japonesa a assistir ao salvamento nas águas geladas do Mar de Ross.

Os manifestantes retomaram então a perseguição ao navio japonês e lançaram ácido butírico, de cheiro pestilencial, sobre o convés do baleeiro, tendo ferido dois tripulantes, segundo Takahide Naruko, da divisão de pesca longínqua da agência japonesa.

Os dois tripulantes sofreram ferimentos no rosto quando a garrafa de ácido rebentou no convés, lançando estilhaços de vidro em todas as direcções, afirmou. Um foi atingido por uma garrafa vazia e outro recebeu um esguicho de ácido num olho, disse Takahide Naruko.

«São terroristas», classificou Hideki Moronuki, director-adjunto do departamento da pesca à baleia da agência, referindo-se aos activistas anti-baleeiros. «Eles têm de parar imediatamente estes actos perigosos». Bill Hogarth, representante dos Estados Unidos na Comissão Internacional da Pesca à Baleia, também criticou os activistas.

«Estou desapontado pelo facto de o «Sea Shepherd» ter praticado uma acção que colocou vidas em risco», declarou Hogarth, em comunicado.

«Os Estados Unidos estão extremamente preocupados com a perspectiva de confrontos deste género poderem gerar uma escalada mais violenta entre os navios».