Protótipo de automóvel a hidrogénio em Lisboa

O protótipo de um automóvel movido a hidrogénio, que emite vapor de água pelo escape, chegou esta segunda-feira a Lisboa para dar a conhecer a nova geração de veículos amigos do ambiente, depois dos híbridos e dos eléctricos, escreve a Lusa.

O primeiro protótipo de carro a hidrogénio foi desenvolvido pela Nissan, embora outras marcas de automóveis estejam a dar também os primeiros passos nesta área, mas só deverá começar a ser comercializado dentro de uma década.

«O protótipo custa cerca de um milhão de euros, um preço de custo que é incomportável para venda. Estamos agora a desenvolver as tecnologias necessárias para conseguir um preço concorrencial no mercado», afirmou à Lusa o director de comunicações da Nissan, António Pereira.

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Primeira estação de serviço de hidrogénio

O automóvel é, até agora, o mais amigo do ambiente, uma vez que regista zero emissões de dióxido de carbono, mas o mesmo já não se pode dizer da produção de hidrogénio, que usa hidrocarbonetos e emite dióxido de carbono.

«Estamos também a melhorar a tecnologia de produção de hidrogénio, para tornar o automóvel ainda mais amigo do ambiente», adiantou António Pereira.

O carro Nissan X-Trail FCV, que está esta segunda-feira exposto em Lisboa, junto ao Museu da Marinha, funciona com uma pilha de células de acombustível alimentadas por hidrogénio.

O contacto do hidrogénio com o oxigénio produz uma reacção de oxidação que gera a electricidade que alimenta o automóvel, facultando uma condução silenciosa e uma autonomia de 500 quilómetros e uma velocidade de ponta de 160 quilómetros por hora.

«O futuro a médio prazo»

O ministro do Ambiente, Nunes Correia, que conduziu o protótipo da Nissan, disse à Lusa que esta nova geração de automóveis amigos do ambiente «é o futuro a médio prazo».

O ministro desloca-se habitualmente num carro híbrido, que ainda se alimenta em parte do combustível tradicional, mas pretende em breve adquirir um eléctrico.

«Aguardo pelas condições necessárias para começar a usar um eléctrico», afirmou, lembrando que a Câmara de Lisboa está a desenvolver um projecto para criar postos de abastecimento de electricidade na cidade.