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Presidentes das empresas ganham 30 vezes mais que trabalhadores

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Média de 21,7 mil euros por mês entre os dirigentes

Os presidentes das empresas portuguesas ganham, em média, 21,7 mil euros por mês, um valor 30 vezes superior ao rendimento salarial médio mensal dos trabalhadores por conta de outrém, que se situa nos 720 euros.

O ranking das funções mais bem pagas em Portugal, da Mercer Consulting, a que a agência «Lusa» teve acesso, revela que os presidentes delegados recebem em média, por ano, 304 mil euros (vencimento base e componentes fixas), o que, dividido por 14 meses, representa 21,7 mil euros por mês.

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Seguem-se os administradores delegados, que usufruem de 167,8 mil euros por ano (12 mil euros por mês), e os directores gerais, com uma média anual de 127,4 mil euros (9 mil euros por mês), adianta o «ranking» da Mercer, com base em dados recolhidos junto das empresas em Junho de 2007.

Os últimos dados do Inquérito ao Emprego do Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao terceiro trimestre do ano passado, revelam que o rendimento salarial médio mensal líquido dos trabalhadores por conta de outrém é de 720 euros.

Presidente da República questionou disparidade

Na tradicional mensagem de Ano Novo, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, interrogou-se se «os rendimentos auferidos por altos dirigentes de empresas não serão, muitas vezes, injustificados e desproporcionados, face aos salários médios dos seus trabalhadores».

Os dados do INE revelam que o rendimento salarial médio mensal líquido dos trabalhadores por conta de outrém, por sectores de actividade, é de 779 euros nos serviços, 636 euros na indústria, construção, energia e água e 489 euros na agricultura, silvicultura e pesca.

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Tendo em conta o escalão de rendimento salarial mensal líquido, os dados do INE referem que 41% dos trabalhadores por conta de outrém integrava o escalão de rendimento salarial entre os 310 e os 600 euros.

Com salários entre os 600 e os 900 euros situavam-se cerca de 25% dos trabalhadores por conta de outrém, de acordo com os dados do terceiro trimestre do ano passado.

Pelo contrário, apenas 0,5% dos trabalhadores por conta de outrem integram o escalão de rendimento salarial mensal líquido de 3 mil ou mais euros.

Também apenas 0,6% dos trabalhadores por conta de outrém recebe entre 2.500 e 3 mil euros.

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