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Banco Mundial e FMI preocupados com disparo de preços alimentares

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Valor de alimentos subiu 48% em ano e meio

O Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) mostraram-se na quinta-feira preocupados com o aumento dos preços alimentares, que está a atrasar o combate à pobreza em sete anos, ao fazerem disparar a inflação.

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, levou um pacote de arroz e uma carcaça para a sua conferência de imprensa antes da Assembleia da Primavera conjunta de ambos os organismos para ilustrar o drama humano que acarreta a subida dos valor desses produtos.

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«Em muitos países em desenvolvimento, os pobres gastam até 75 por cento dos seus rendimentos na alimentação», afirmou o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, numa conferência de imprensa.

O valor dos alimentos já aumentou 48% em menos de ano e meio e em muitos países tem levado mesmo a revoltas populares que, nalguns casos, acabaram em confrontos violentos com as autoridades.

Travagem brusca ou inflação elevada?

Já segundo o director do FMI, Dominique Strauss-Kahn, a economia mundial está «entre o gelo e o fogo», sendo que o gelo é uma travagem económica brusca, que fará com que o mundo deixe para trás o crescimento de 4,9% registado em 2007, passando para os 3,7% este ano, e o fogo é a alta de preços dos alimentos e da energia.

Para o responsável, os piores efeitos ocorrem em África e nalguns países de outras regiões como o Haití, Mongólia e Afeganistão, onde o impacto pode ser «gigante», e «provavelmente maior que a maioria dos choques (económicos) no passado».

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Na Europa, as contas correntes da maioria dos países sofreram um agravamento de menos de 1% devido a estes aumentos, enquanto ganharam os grandes exportadores, como a Argentina, Brasil, Estados Unidos, Rússia e Austrália. Bolívia e o Paraguai também beneficiaram mas o resto da América Latina ver-se-á moderadamente prejudicada.

Os mercados emergentes suportaram melhor a crise até agora, reconheceu Strauss-Kahn, mas assegurou que não são imunes e alertou para o risco de «uma paragem súbita ou, pelo menos, uma redução drástica» dos fluxos de capital para os países em desenvolvimento, que afectaria em particular as nações que dependem mais do dinheiro externo para o seu financiamento.

«Estamos muito preocupados com o que se está a passar na Europa Central», confessou.

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