Já fez LIKE no TVI Notícias?

BPN é «caso de polícia e não de supervisão»

Relacionados

«O enganado é o último a saber», recorda o ministro das Finanças, ilibando a supervisão de falhas

«O enganado é o último a saber». O ditado, usado pelo ministro das Finanças esta quinta-feira à noite na comissão de inquérito ao BPN, exprime bem a opinião de que este é um «caso de polícia e não de supervisão».

BPN já está à venda

PUB

Para Teixeira dos Santos, «não houve falha de supervisão, mas sim um acto fraudulento». Porque na política e nos negócios «é possível manter segredo», o ministro recorda o ditado «o enganado é o último a saber».

Aliás, lembrou também, em diálogo com o deputado do CDS-PP Nuno Melo, «um vice-presidente do seu partido deixou a direcção e só se descobriu quase um ano depois».

O episódio da saída de Nobre Guedes que só foi conhecido vários meses depois de o democrata-cristão ter entregue a sua demissão a Paulo Portas arrancou gargalhadas da sala da comissão parlamentar e serviu os propósitos de explicar como é possível que «a supervisão não tenha detectado as fraudes no BPN».

Buraco do BPN pode ser superior a 2 mil milhões

O ministro das Finanças sublinhou ainda que «a natureza do mundo financeiro mudou nestes anos» e «o modelo, que assentava valores, transparência, prudência, confiabilidade, tem afectado o comportamento e a postura do sistema, empurrando-o para operações de risco mais elevados».

PUB

Ministro admite que «supervisão terá que mudar»

A propósito destas alterações, e da avaliação que o ministro faz do trabalho do Banco de Portugal, leva Teixeira dos Santos a considerar que «não é admissível» atirar um «mancha» sobre os funcionários do banco central.

«Pode atacar o governador pelas razões políticas que entender», disse, olhando para o deputado Nuno Melo, «mas não pode pôr em causa o profissionalismo dos funcionários do BdP». E recordou a avaliação realizada pelo Fundo Monetário Internacional que durante vários meses acompanhou o trabalho do BdP e que «no seu relatório chamou a atenção para o profissionalismo com que a supervisão é feita em Portugal».

Para o ministro, o «ataque» do CDS-PP é uma questão de «militância».

PUB

Relacionados

Últimas