Está desempregado ou à procura de novo emprego? Saiba o que deve fazer e que regras deve seguir. Tudo tem de ser bem pensado, desde os cursos que deverá fazer, à apresentação do Curriculum Vitae ou à forma como se deve comportar numa entrevista.
Estes conselhos foram dados em entrevista à Agência Financeira pelo presidente da Boyden Portugal, Fernando Neves de Almeida.
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Veja aqui a entrevista em vídeo e escape à crise
Quer saber que áreas estão a contratar mais? Pois bem, indústrias ligadas à tecnologia, retalho e distribuição continuam a recrutar; tudo o que esteja ligado à exportação vive, por seu turno, momentos difíceis.
Também a banca direccionada para vertente comercial e retalho continua a recrutar, ao contrário da actividade ligada à gestão de fortunas, que é «para esquecer» nesta altura de crise.
Cuidado nas escolha de cursos
Apostar em cursos de formação e de reciclagem é visto, por Neves de Almeida, como uma boa alternativa para quem está desempregado e quer ingressar rapidamente no mercado de trabalho.
No entanto, o responsável desaconselha «fazer cursos só para encher», uma vez que, no entender do mesmo, «nesse caso não representa uma vantagem competitiva».
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«A vida profissional deve ser sempre pensada de uma forma estratégica, tanto quando estamos empregados, como desempregados», acrescenta em declarações à AF.
CV ideal vs entrevista de emprego
Para Neves de Almeida a melhor informação que poderá estar contida num curriculum vitae é mesmo a experiência. «Mais importante do que as formações académicas e as qualificações são as informações de como é que essa pessoa chegou aí. Procuramos pessoas que tenham tido bons resultados no passado, pois tudo levará a crer que irão ter bons resultados no futuro».
Já numa entrevista de emprego, o presidente da Boyden Portugal diz que a principal regra de ouro é «não mentir». «Numa entrevista de emprego o pior que há é tentar estudar um papel para desempenhar, porque mais cedo ou mais tarde «o nosso eu» vem ao de cima. Nunca inventar factos nem tentar vender uma pessoa diferente do que se é. É preciso estar descontraído, deve-se vender bem, mas sendo o mais verdadeiro possível».
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Retrato dos mais afectados pela crise
Jovens à procura de primeiro emprego ou que tenham entrado no mercado de trabalho há muito pouco tempo - com contratos de trabalho a termo que não vão ser renovados e que não descontaram o suficiente para ter direito a subsídio de desemprego - e donos de micro e pequenas empresas estão a ser os principais afectados pela crise e por este aumento da taxa de desemprego.
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Apesar de todas estas dicas, o responsável reconhece que está não é uma boa altura para estar desempregado. «Por norma, em tempos de crise é mais difícil arranjar emprego do que em outros períodos. Neste momento a velocidade com que se entra no mercado é mais muito lenta».
Neves de Almeida diz, no entanto, que quem está a passar por esta fase difícil pode aproveitar a ocasião para fazer uma análise de vida e, se for caso disso, poderá mesmo mudar de carreira.
«Há muitas pessoas que estão na carreira errada. Começaram a trabalhar num sítio e por receio ou comodismo mantiveram-se lá. Nestes casos, às vezes é uma sorte estar desempregado porque pode mudar de vida».
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