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Manoel de Oliveira baptiza comboio em jeito de festa popular

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A homenagem que a CP - Comboios de Portugal fez esta sexta-feira a Manoel de Oliveira, baptizando um comboio Alfa pendular com o seu nome, acabou por tornar-se quase numa festa popular, dada a adesão espontânea de inúmeros cidadãos, informa a Lusa.

Algumas centenas de cidadãos anónimos, sem dúvida cinéfilos, de todas as idades, juntaram-se à homenagem, realizada a meio da tarde na Estação de S. Bento, no Porto, gerando a confusão e deitando por terra quaisquer planos que o protocolo da CP tivesse preparado para a cerimónia.

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A pequena multidão tornou-se ainda maior com a adesão de muitos cidadãos que chegavam a S. Bento, de regresso a casa depois do trabalho, que, curiosos, se juntaram à cerimónia, abrilhantada por uma animada banda.

Acompanhado pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, e pelo presidente da CP, Cardoso dos Reis, o multipremiado realizador foi recebido com palmas pela pequena multidão ainda na rua.

Depois, progrediu lentamente para o interior da estação, já que pelo caminho teve que dar inúmeros autógrafos aos cinéfilos de ali o aguardavam.

Depois foi o baptismo do comboio, que ficou decorado com uma imagem de alto contraste com Manuel de Oliveira a operar uma câmara de filmar, cerimónia avidamente recolhida em imagens pelo batalhão de fotógrafos e operadores de câmara presente.

O cineasta, que comemora 100 anos de vida no próximo dia 12 de Dezembro, mas continua a evidencia invejável forma física e intelectual, fez depois um pequeno discurso de agradecimento em que falou da «honra e emoção» que sente em ter o seu nome num dos comboios «trazem e levam pessoas para o interior, tão esquecido neste país voltado para o mar».

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Após a cerimónia, mais algumas dezenas de cinéfilos tiveram a sorte de ver autografadas por Manoel de Oliveira as brochuras que a CP distribuiu profusamente na Estação de S. Bento, que entretanto, furava, lentamente, de regresso ao carro, a barreira formada pela multidão em busca de autógrafos.

A CP quis com esta cerimónia «homenagear uma das personalidades de maior relevo da cultura portuguesa contemporânea e a sua vasta obra cinematográfica, em especial o filme Aniki-Bóbó, a sua primeira longa-metragem que referencia os caminhos-de-ferro e a cidade do Porto».

Entre as personalidades previstas notou-se a ausência de João Bénard da Costa e Pedro Mexia, respectivamente presidente e vice-presidente da Cinemateca Nacional, assim como de Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto.

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