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Bancos vão reduzir custos e aumentar preços para enfrentar crise

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O governador do Banco de Portugal acredita que os bancos procurarão gerir o impacto da turbulência financeira internacional nos seus resultados através do controlo dos seus custos e actuando também do lado do que cobram aos clientes pelos serviços.

A convicção foi manifestada por Vitor Constâncio à saída da Comissão de Orçamento e Finanças, no Parlamento, onde foi ouvido esta manhã. «O sector financeiro será afectado durante algum tempo, mas os bancos vão tentar gerir a situação do lado dos custos e dos preços que cobram aos clientes pelos serviços que prestam», disse.

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Durante a audição, Constâncio admitiu que, apesar de os últimos números relativos aos resultados dos bancos mostrarem a «robustez do sector financeiro», revelam também «uma desaceleração, o que mostra que a turbulência no sector financeiro tem implicações no sector bancário».

Perdas resultam sobretudo da queda do mercado de acções

Mas este comportamento não advém das perdas resultantes da exposição dos bancos portugueses ao «subprime», que não era muito elevada. Aliás, o governador classifica essas perdas de «negligenciáveis».

«Boa parte da desaceleração dos lucros dos bancos no primeiro trimestre prende-se sim com a descida das cotações nos mercados de acções», explicou, acrescentando que «o risco das acções reflecte-se não só no balanço dos bancos, mas também através dos fundos de pensões, que também fazem aplicações em acções».

Constâncio sublinhou também a existência do risco de financiamento. «A emissão de obrigações esteve muito fraca, foi reacendida recentemente com a emissão de um empréstimo obrigacionista por parte do BCP e por mais uma emissão do BES, mas há uma longa fila de bancos que querem fazer emissões», adiantou.

«Há sinais de melhoria em alguns segmentos de financiamento mas o risco permanece». Por exemplo, «o mercado de titularização esteve praticamente parado e não se sabe se vai reabrir até ao final do ano».

Certo é que «o sistema bancário enfrenta este ano e no próximo vários riscos novos, terá condições mais difíceis que nos últimos anos».

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