Portugal não pode dar-se ao luxo de falhar as metas de redução do défice orçamental, avisa a Fitch.
Em entrevista ao «Diário Económico», o director sénior da agência, Paul Rawkins, prevê uma recessão de 1% para o próximo ano, e admite que o pacote de medidas anunciado pelo Governo para favorecer o crescimento e o emprego não chegará para evitar a contracção. Embora considere que o Orçamento para 2011 é credível, avisa que o risco está precisamente na previsão de crescimento que o Governo mantém e na qual a Fitch não acredita.
PUB
O analista não está preocupado que a situação política em Portugal possa desviar o esforço de consolidação, porque todas as forças políticas «reconhecem» que é um esforço que tem de ser feito.
Paul Rawkins sublinha que o corte de rating anunciado na semana passada ainda não contempla um possível pedido de ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Se isso acontecer, haverá nova revisão.
A boa notícia é que a agência está agora menos preocupada com a banca nacional, já que a dependência do Banco Central Europeu (BCE) está a diminuir.
PUB