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Apenas 9% dos portugueses sabe o que é a Euribor

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Inquérito do Banco de Portugal indica ainda que 11% não têm qualquer conta bancária

«Apenas nove por cento sabe que a Euribor se trata de uma taxa que resulta dos empréstimos realizados entre um conjunto de bancos europeus», conclui o Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa 2010, apresentado esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

E, «mesmo no grupo dos entrevistados que afirmam ter crédito à habitação, apenas 12 por cento responde correctamente a esta questão», acrescenta o estudo.

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Além disso, perto de metade (41 por cento) dos devedores de um crédito à habitação não sabe qual é o spread do seu empréstimo, e outros 19 por cento têm apenas «uma ordem de grandeza».

O spread é o diferencial entre a taxa de juro de referência (normalmente a Euribor) e a taxa de juro realmente paga pelo devedor - grosso modo, é o lucro dos bancos. O spread é definido contratualmente quando se contrai um crédito.

Quanto maior o nível de escolaridade dos interrogados, maior a possibilidade de estarem informados sobre a taxa de juro que pagam no seu crédito à habitação.

Já em relação às contas bancárias, mais de metade (66 por cento) dos portugueses só tem uma conta; 26 por cento têm duas contas; 6 por cento têm três contas e apenas 2 por cento têm quatro ou mais.

Além disso, 11 por cento dos portugueses adultos não têm qualquer conta bancária. Também cerca de metade dos inquiridos admitiu que não faz quaisquer poupanças.

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Entre os inquiridos que usam regularmente serviços bancários, os produtos financeiros mais populares para lá da conta à ordem são os seguros (mencionados por 37 por cento dos entrevistados). Seguem-se os cartões de crédito (32 por cento), os depósitos a prazo (31 por cento) e o crédito à habitação.

Os planos de poupança só são subscritos por 16 por cento dos inquiridos. Só minorias abaixo dos 5 por cento adquirem produtos de investimento como certificados de aforro, acções, fundos ou obrigações.

O inquérito indica, ainda, que maioria escolhe o banco dos amigos ou familiares, dexando a avaliação de custos e remunerações para segundo plano.

Certo é que, na hora de pagar, a maioria ainda escolhe efectuar pagamentos com dinheiro.

O inquérito da Eurosondagem foi feito entre Fevereiro e Março de 2010, com base em duas mil entrevistas porta-a-porta. Os resultados têm uma margem de erro de 2,2 por cento para uma probabilidade de 95 por cento.

Os dados preliminares foram divulgados pelo Banco de Portugal em Outubro de 2010 e esta terça-feira foram apresentados os resultados definitivos.

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