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Economista avisa: famílias têm de poupar mais para assegurar futuro

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Ex-ministro das Finanças, Silva Lopes, admite mesmo a necessidade de aplicar esquemas de poupança obrigatória

O economista José da Silva Lopes disse esta quinta-feira que os portugueses têm cada vez mais razões para poupar, admitindo que poderiam ser aplicados temporariamente esquemas de poupança obrigatória.

«Os portugueses começam a ter razões para poupar mais porque não podem contar tanto com o Estado social como têm contado até agora», disse o ex-ministro das Finanças, citado pela Lusa, à margem de uma conferência a propósito do Dia Mundial da Poupança, que se assinala no domingo.

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José Silva Lopes salientou que «seria prudente que as famílias comecem a pensar que um dia têm de arranjar complementos de reforma ou terem um esquema de saúde complementar porque o país começa a ter falta de recursos para assegurar o Estado social» e as famílias vão ter mais riscos no futuro do que esperavam no passado.

O economista admitiu que poderiam ser adoptados, pelo menos temporariamente, alguns esquemas de poupança obrigatória.

«Impor às pessoas que paguem mais impostos ou que sejam obrigadas a comprar títulos de dívida pública para depois se gastar dinheiro no consumo corrente, é melhor não. Só admito que se faça pressão sobre a poupança privada se servir para que se faça investimento eficiente e necessário ao crescimento do país», explicou Silva Lopes.

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Já sobre os investimentos públicos, o economista classificou como «escandalosa» a sua ineficiência e sugeriu que antes da decisão política devem ser feitos estudos técnicos por entidades independentes.

«Os estudos técnicos são feitos por uns consultores que não sabemos bem que hipóteses é que lá puseram. Pode-se fazer estudos técnicos para justificar qualquer investimento até o estádio de Leiria», disse Silva Lopes para quem este estádio de futebol é «monumento à estupidez nacional em matéria de investimento».

E sobre a entrada do FMI? «Haverá cortes e alteração às leis laborais»

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