O economista Augusto Mateus defendeu esta quarta-feira que o Estado e o sector financeiro deviam apostar em produtos financeiros atractivos, com benefícios fiscais permanentes, para os portugueses pouparem mais e atenuar o problema de financiamento da banca.
«Há uma maneira chave para resolver a dificuldade de acesso ao crédito sentida pelas empresas que é aumentar muito a poupança nacional», disse o ex-ministro da Economia, citado pela Lusa.
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«Os portugueses, no seu conjunto, deviam ser chamados a poupar mais», admitindo que «é estranho» que ainda não tenham sido tomadas medidas nesse sentido.
«Basta que existam produtos financeiros atractivos em que o Estado e o sector financeiro apostem, em que os incentivos fiscais sejam bem dados, permanentes e de longo prazo. Não me parece nada difícil».
Para Augusto Mateus, «desde 2008 ou 2009 deviam ter sido lançados produtos de salvação nacional, de poupança, em que as famílias pudessem poupar com garantias, não correndo riscos», admitindo que «o que aconteceu foi o contrário», nomeadamente com o fim dos incentivos fiscais nos Planos Poupança Reforma (PPR).
As declarações de Augusto Mateus surgem no dia em que o Banco de Portugal revelou que o crédito concedido pela banca está praticamente estagnado, enquanto que o malparado e os depósitos estão a disparar.
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