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Crédito estagnado mas depósitos e malparado disparam

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Bancos emprestam praticamente o mesmo dinheiro mas os calotes crescem a olhos vistos. Depósitos são uma «garantia» para o futuro

São novas tendências, ditadas pela crise. O crédito concedido pela banca anda praticamente estagnado, mas o malparado está a disparar e os depósitos também. Em tempo de incerteza, os portugueses apostam no futuro.

De acordo com os dados do Banco de Portugal, o crédito concedido em Abril cresceu apenas 1%. Os empréstimos às empresas cresceram 1,3% e aos particulares só 0,8%, impulsionado apenas pela habitação, onde se registou um crescimento de 1,3%. O crédito ao consumo caiu 1,5% e o destinado a outros fins recuou 1,4%.

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Em contrapartida, no mesmo mês, os depósitos das empresas cresceram 5,9% e os dos particulares 3,6%.

Já nos primeiros três meses do ano a tendência de travagem do crédito tinha sido visível. Os empréstimos a empresas tinham aumentado uns ligeiros 0,1% para 119.444 milhões. As pequenas e médias empresas tinham até registado uma descida de 1,1% na concessão de crédito para 92.518 milhões. Só nas grandes empresas o crédito aumentou, 0,1% para 16.323 milhões.

Nos particulares, o crédito concedido aumentou 1,2% para 155.940 milhões de euros, sendo que apenas o crédito à habitação cresceu 2,4%. O crédito para consumo e outros fins encolheu 2,7%.

A par desta tendência, há outra que salta à vista: o aumento do malparado, que ascendeu a 9.858 milhões de euros, representa já 3,87% do total do crédito concedido. Nas empresas, 5% do valor emprestado está em falta (o que equivale a 5.972 milhões) e 22% das empresas com crédito são incumpridoras.

Nos particulares o cenário não é muito mais animador: há 4.678 milhões em atraso, 3,3% do crédito contraído. Mais de 14% das famílias com empréstimos estão em falta.

Entre as empresas, são as PME que mais caem nesta situação (22% das empresas com crédito e 6,1% do valor emprestado estão em atraso), ao passo que nos particulares o destaque vai para o crédito ao consumo e para outros fins (onde 8,6% do valor e 15,7% dos consumidores estão em dívida).

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