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Deco: contas poupança para jovens com fraco rendimento

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Associação diz que remuneração proposta é «muito fraca» e prazo das aplicações «desadequado»

A Deco analisou as contas de poupança para os mais novos oferecidos por 13 bancos e concluiu que as remunerações são «muito fracas», entre 0,3 por cento e três por cento, e abaixo dos depósitos tradicionais.

As conclusões desta análise são publicadas na próxima edição da Proteste Poupança, uma das publicações da Associação para a Defesa dos Direitos dos Consumidores (DECO).

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Para os mais jovens, as ofertas das instituições bancárias vão desde contas à ordem, contas de poupança, seguros de capitalização e planos mutualistas, mas os técnicos da associação limitaram-se às contas de poupança.

O Banco Espírito Santo, o Banco Popular e o Montepio são alguns dos bancos que oferecem brindes como forma de sensibilizar e educar as gerações mais novas para a necessidade de poupar, mas a Deco alerta para o facto de que «não basta ensinar. É necessário que os incentivos à poupança superem a subida dos preços».

Inflação «devora» o valor do dinheiro

A associação lembra que a inflação prevista pela OCDE para este ano é de 3,3 por cento, mais 0,3 por cento do que a taxa do melhor depósito para jovens e mais 1,9 por cento do que a média dos produtos analisados para este segmento.

Segundo a Proteste Poupança, a remuneração proposta é «muito fraca» e o prazo das aplicações «desadequado», sobretudo tendo em conta que o horizonte de investimento é bastante alargado na maioria dos casos: «Com estes rendimentos de pouco serve amealhar ao longo dos anos, pois a inflação devora o valor do dinheiro», alerta a mesma associação.

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A associação lembra que a poupança para os mais novos deve ser feita numa perspectiva de longo prazo: «Se juntou algum dinheiro, por exemplo, dos aniversários e das épocas festivas, que queira ver rentabilizado, esqueça as contas especiais para jovens. De especial têm muito pouco», lê-se na publicação.

Em alternativa, a associação recomenda o investimento em certificados do tesouro para quem pretende capital garantido, lembrando que rendem 5,6 por cento ao ano se o dinheiro for aplicado por um período de 10 anos, e 5,3 por cento entre os cinco e os nove anos.

«Caso não tenha ainda os mil euros necessários para investir, prefira um depósito a prazo normal. Com a necessidade crescente de financiamento por parte dos bancos, vários garantem 3,5 por cento líquidos ao ano».

Para montantes superiores, a Deco recomenda, a quem estiver disposto a arriscar, a compra de fundos de investimento de acções e obrigações, desde que o investimento seja mantido por um mínimo de cinco anos, uma vez que o potencial de rendimento é bastante superior ao das aplicações sem risco.

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