O Governo quer acabar com o pagamento de pensões elevadas na Segurança Social. Para o ministro da tutela, não faz sentido continuar a pagar dos cofres públicos pensões que não são de natureza social e que, na verdade, não passam de uma «gestão de poupanças».
Em entrevista à TVI, o ministro da solidariedade e segurança social diz que «o mais importante é pagar as pensões sociais».
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«Quando gastamos mal um euro, é menos um euro que temos para dar a quem precisa». Por isso, Pedro Mota Soares diz que «temos é de conseguir libertar a Segurança Social do pagamento de pensões muito elevadas, que não têm natureza social, que são apenas uma gestão de poupanças» e «manter no sistema público as pensões de natureza social».
Porque «se nada for feito», ficará em causa a «sustentabilidade do sistema», o Governo avançará ainda este ano com o debate sobre a reforma das pensões. Pedro Mota Soares promete um «estudo profundo sobre a sustentabilidade da Segurança Social» e garante que «qualquer alteração terá de ser ponderada, e muito participada», tendo de se auscultar os parceiros sociais.
Por isso, embora não afaste uma revisão da idade de acesso (no fundo um aumento da idade da reforma) e admita o princípio do plafonamento das pensões, o ministro não quer falar em valores. «Não faz sentido impor uma condição à partida».
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