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Pão: cortam no peso para não aumentar preços

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Denúncia parte da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação e Pastelaria que aponta o dedo às grandes superfícies. Dona dos supermercados Pingo Doce, por exemplo, não fala em alterações de concepção e garante que consumidores vão continuar a pagar o mesmo

O preço do pão ia aumentar esta semana, mas já houve quem garantisse que não vai mexer nas tabelas. É o caso da Jerónimo Martins, dona dos supermercados Pingo Doce, Feira Nova e Recheio, que assegurou esta terça-feira que não vai aumentar o preço do pão até ao final do ano, apesar da farinha estar mais cara. Há, no entanto, quem acuse as grandes superfícies de reduzir o peso do pão para não cobrar mais aos clientes.

A denúncia foi feita pela Associação do Comércio e da Indústria de Panificação e Pastelaria (ACIP), segundo avançou esta terça-feira o «Diário de Notícias». A associação diz que os hipermercados não contabilizam nem a energia, nem a mão-de-obra no valor do pão e já apresentou uma queixa junto da Autoridade da Concorrência.

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No que toca à Jerónimo Martins, o grupo deu a garantia de que «o preço do pão vai manter-se inalterado para os clientes até ao final do ano em todas as superfícies do grupo», disse à agência Lusa a porta-voz da Jerónimo Martins. Esta responsável sublinhou que a grande maioria do pão que a cadeia de distribuição alimentar vende é de fabrico próprio e o restante comprado a produtores regionais.

É que, afirma a porta-voz da JM, o grupo de retalho não vai sentir esses efeitos porque se abastece em grandes quantidades e «tem acordos de compra feitos até ao final do ano».

Já o grupo Auchan, dona do Jumbo e do Pão de Açúcar, garantiu apenas «preços baixos» sem contudo esclarecer se vai ou não aumentar os preços do pão para os clientes.

A empresa assegura apenas que está atenta ao mercado «e garante o compromisso que tem para com os seus clientes, ou seja, oferecer os preços mais baixos das regiões onde está implementado», afirmou à mesma agência fonte oficial do grupo.

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A ACIP alertou na semana passada para um esperado aumento do preço do pão, devido à subida acumulada de 30% no preço da farinha.

O presidente da associação, Carlos Santos, revelou recentemente que alguns industriais já manifestavam a intenção de actualizar as tabelas para os preços de 2008, já que nessa altura o preço médio do pão chegou encarecer entre os 25 e os 30%, reagindo a uma duplicação do preço da farinha.

«Os últimos aumentos da principal matéria-prima justificam aumentos e que as empresas analisem as contas e verifiquem o que precisam de fazer», sublinhou o responsável.

Portugal importa 90% do trigo que consome e que é a principal matéria-prima usada na confecção do pão. Um pão custa em média entre 12 a 17 cêntimos (40 a 45 gramas), segundo a ACIP que espera aumentos em unidades de 1 cêntimo, dependendo de cada empresa.

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