A decisão da Rússia, de suspender a exportação de cereais, tem «um impacto directo muito reduzido» em Portugal, considerou o ministro da Agricultura, António Serrano.
Nos últimos cinco anos, Portugal não importou cereais daquele país e, aliás, só «quatro por cento do total das nossas importações de cereais» são oriundas dos países da ex-União Soviética, recordou o governante.
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Para António Serrano, que falou à agência Lusa na noite de sexta-feira, na Figueira da Foz, a subida do preço do pão, anunciada pelos industriais do sector, não resulta da decisão russa, cuja produção sofreu, este ano, uma acentuada quebra e, entretanto, foi agravada pelos incêndios dos últimos dias naquele país.
«O que pesa (no preço do pão) é a componente mercado», pois «o custo dos cereais tem aumentado muito nos últimos tempos».
O ministro reconheceu, no entanto, que a crise de produção na Rússia «não deixa, naturalmente, de ter reflexos nos mercados» e, por essa via, penaliza Portugal, mas «só indirectamente».
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