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Pão, luz, roupa, sapatos, carros: tudo fica mais caro em 2011

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Ano novo, preços novos. À semelhança do que tem acontecido com os anos anteriores, o início de 2011 vai ficar marcado por um aumento generalizado de preços. Mais ainda, por causa da subida da taxa normal de IVA, de 21 para 23%, já no dia 1 de Janeiro.

Dos bens mais básicos a outros menos essenciais, praticamente tudo vai encarecer: luz, tabaco, portagens, alimentação, etc.

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Os industriais do sector da panificação já estimaram uma subida de 12% nos preços, o maior aumento de todos os que já estão previstos. Os empresários alegam que o aumento de 40% no preço da farinha fez disparar os seus custos.

A electricidade também vai aumentar 3,8% para as famílias. Para a maioria, este aumento representa mais 1,5 euros por mês, numa factura de 41 euros. Só os 660 mil clientes que beneficiam da tarifa social é que se limitarão a um aumento de 1% (20 cêntimos numa factura média de 20 euros).

Já para as empresas, os aumentos podem ser de 4 ou 10%, o que deverá reflectir-se nos preços de venda ao público, independentemente do que produzem.

Mas não é só. Qualquer que seja o meio de transporte utilizado (a não ser que ande sempre a pé), também pode contar com mais despesas. As portagens nas auto-estradas da Brisa vão aumentar 2,3% (IVA mais subida de preços). Por exemplo, o percurso Lisboa/Porto na A1 sobe 25 cêntimos para 19,95 euros e o percurso Lisboa/Algarve na A2 aumenta 30 cêntimos para 18,95 euros. Os próprios automóveis vão ficar mais caros, por causa da subida do IVA. As novas tabelas de Imposto Sobre Veículos (ISV) ainda não são conhecidas, mas os empresários do sector admitem que as subidas de preços podem chegar aos 5,4%.

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Se optar pelos transportes públicos, também não escapa à subida do custo de vida. Para 2011 foram já decididos aumentos de 3,5 a 4,5%. Os passes sociais nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto terão uma subida média de 3,5% mas os títulos para percursos até 50 quilómetros vão custar mais 4,5%. Por exemplo, o passe L1, que alia Metro e Carris, ficará, em média, 1,4 euros mais caro, enquanto o L123 aumentará 1,8 euros por mês. Uma viagem de metro pode subir cinco cêntimos.

Para vestir e calçar vai precisar também de mais dinheiro. Vestuário e calçado vão subir, em média, cerca de 10%, de acordo com as previsões feitas pelas associações do sector.

Se ficar doente já é, normalmente, uma coisa a evitar, em 2011, mais ainda. As taxas moderadoras vão subir e, por exemplo, as consultas nos hospitais aumentam dez cêntimos e no centro de saúde cinco. As urgências também sobem 20 cêntimos nos hospitais e dez nos centros de saúde. Exames e outros serviços também vão encarecer.

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No que toca aos medicamentos, no dia 1 de Janeiro arranca um novo regime de comparticipações que vai fazer com que a factura dos utentes suba novamente.

Nas telecomunicações, PT e Zon avisaram já que vão reflectir a subida do IVA nos preços, tal como a Vodafone, a Optimus e a TMN. Nalguns pacotes, no entanto, os preços destas operadoras chegam a subir 25%.

A situação fica ainda pior, tendo em conta que milhares de funcionários públicos sofrerão cortes salariais de 3,5 a 10%, e milhares de famílias verão cortadas ou perderão o acesso a prestações sociais, como o subsídio social de desemprego, rendimento social de inserção ou abono de família. A tudo isto junta-se a provável subida das taxas de juro lá mais para o fim do ano e o contínuo aumento dos spreads por parte dos bancos.

O poder de compra dos portugueses vai, por tudo isto, sentir uma maior degradação, já a partir de Janeiro.

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