Podem vir aí novas subidas nos preços do pão? A Associação dos Industriais de Panificação do Norte (AIPAN)acredita que sim e aponta o dedo ao «significativo aumento» das tarifas da energia.
Este agravamento da factura energética, o que a AIPAN diz ser «um atentado à actividade económica», é motivo bastante para o pão ficar mais caro.
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As tarifas mais caras da energia não tiveram «em consideração a competitividade da economia portuguesa, por si debilitada, nem tão pouco a sustentabilidade do emprego de mais de 200 mil pessoas numa actividade que assume relevante importância para os consumidores», na opinião do presidente da direcção da AIPAN, António Fontes.
A associação diz ter já enviado uma carta ao ministro da Economia «expressando a sua mais profunda preocupação» relativamente às novas tarifas de gás natural e electricidade, em vigor desde 1 de Julho, segundo um comunicado citado pela agência Lusa.
O aumento «ascende a 42% do Tarifário Fixo Escalão 1 (passando de 3,6656 para 5,19760 euros), aos quais ainda acresce 28% de aumento por kWh (que passou de 0,033676 para 0,042916 euros)¿.
Algo que, sustenta o documento, «afecta de forma significativa os custos de produção de um sector já particularmente atingido com os extraordinários aumentos dos cereais».
A associação argumenta que «o pão é um produto fundamental na dieta alimentar dos portugueses e os industriais do sector têm feito investimentos relevantes na sua modernização, por forma a corresponder quer aos elevados padrões de normas de higiene e segurança alimentar, quer à implementação de uma maior eficiência energética nas suas linhas de produção».
E se «os industriais têm conseguido suportar tanto os investimentos, quanto os vários aumentos com se tem confrontado» para não aumentar os preços para os consumidores, com o agravamento da factura energética «esta situação irá tornar-se insustentável a muito curto prazo», pelo que se prevêem novos aumentos no preço do pão.
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