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Empreendedores: o ADN do sucesso

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Primeiro que tudo, 150% de motivação. No mínimo. Depois, não pense que consegue ser empreendedor sozinho. Estas são duas das mais importantes premissas para quem quer ser um. Para quem quer ser um a sério.

«Começa-se com uma paixão». «Quando alguém se quer lançar numa ideia, tem de ser alguma coisa com a qual nos identifiquemos a 150%, no mínimo, porque há um dia em que vamos acordar a 70% e se não nos lançarmos a 150%, nesse dia aquilo acaba. Nesse dia desmorona, depois esboroa, depois fria e depois acabou». Conselho de Graça Martins, estratega de marca, Bainha de Copas nos tempos livres. Aliás, Bainha de Copas por inteiro, apesar de ter outra profissão.

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Susana Albiero, do projeto O Meu Monstrinho, defende também que é preciso gostar mesmo da ideia, mas entende também que é importante experimentar muitas coisas. Caso contrário, não saberemos se encaixaria ou não em nós. «Eu não sabia costurar, nem sabia que ia fazer bonecos. Muito antes de fazer bonecos já tinha feito outras coisas. É tentar sempre, até encontrar. Não é ficando em casa que vai encontrar o que gosta de fazer. Tem de gostar muito, mas para descobrir que gostar muito, tem de procurar fazer. Só experimentando é que vai saber».

Ponto número dois: «Não achar que se consegue fazer as coisas sozinho e testar muito com as pessoas em quem confiamos, ou por afinidades ou por total antagonismo. Testando, testando e falar da ideia. Às vezes há muito aquela coisa de não vou falar desta ideia. Vou guardá-la, porque senão alguém ma apanha. Não apanham, a ideia tem muito daquilo que é a nossa personalidade, a nossa essência», acredita Graça.

Tenha, por isso, um núcleo duro de pessoas a quem sabe que pode recorrer. É sempre melhor ter mais cabeças a pensar do que apenas uma.

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Se já tem uma ideia, não disperse. Hoje em dia a especialização é importante, quando não é redutora, claro.

«Cometemos às vezes o erro de querer ter oferta muito variada, para chegar a toda a gente e isso é um erro, porque depois não há focagem e definição clara do alvo», adverte o responsável pelo franchising da NATA Lisboa, um negócio que já estava no «forno» antes de o ministro da economia ter lançado o repto.

João Cunha dá o exemplo das cadeias internacionais de pizza. «O que têm é pizza. Depois gira tudo à volta da pizza. Nas cadeias de hamburguer a mesma coisa. A estrela é que tem de ser o destaque, tem de ser dominante. Isso revela-se uma estratégia vencedora».

Ponto número três: não se lance numa ideia sem perceber nada do assunto. Quando Nuno Carvalho começou a pensar n' A Padaria Portuguesa, o ramo não lhe era completamente desconhecido porque trabalhava há 10 anos na Jerónimo Martins.

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Mas foi preciso um «longo trabalho de pesquisa, durante um ano e meio», que passou por ler livros, falar com padeiros e pasteleiros, conhecer as matérias-primas e os tipos de cozedura de pão, ir a feiras nacionais e procurar conceitos semelhantes lá fora. Perceber no que se estava a meter e desenvolver competências.

Ponto número quatro - a ambição. «Uma empresa, nos dias de hoje, que não tenha como pretensão crescer é uma empresa que rapidamente definha». Faça um plano de negócios.

Quando já tiver o negócio montado e se ele, como é expectável, for crescendo, acompanhe de perto a máquina a funcionar.

Nuno Carvalho, d'A Padaria Portuguesa, que conta já com 13 lojas, faz questão que a escolha de gerentes e subgerentes das lojas passe por ele. Gosta sempre de os conhecer. «Faço questão de lhes passar os valores da empresa e acompanho muito de perto dia-a-dia dos colaboradores». Objetivo: melhoria contínua. Agarrar o negócio por inteiro. De forma sustentada e, espera-se, por muito tempo.

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