Com Itália e o euro em perigo, os chefes de Governo europeus voltam a encontrar-se em Bruxelas no final da próxima semana, e a preocupação dos líderes políticos é evidente.
Depois de o Eurogrupo ter aprovado ontem o aumento rápido dos recursos do FMI e de ter prometido dar mais «poder de fogo» ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira - embora não para já - a verdade é que a Zona Euro irá falhar a meta de dotar este mecanismo com 1 bilião de euros.
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O comissário europeu Olli Rehn admite mesmo que a sobrevivência da união monetária entrou num contra-relógio e os próximos dez dias serão decisivos.
Para já, o Eurogrupo foi obrigado a reconhecer que o Fundo Europeu de resgate não poderá ser aumentado para um bilião de euros e a alternativa passa agora por pedir maior ajuda ao Fundo Monetário Internacional e envolver mais o Banco Central Europeu, mas esta é uma opção que continua a ser rejeitada pela Alemanha.
«É claro que terá de ser através do FMI e pela acção do Banco Central Europeu que poderemos ir mais longe. Com o FMI estamos a negociar e com o Banco Central é ao Banco Central que compete tomar as suas decisões», diz o ministro das Finanças belga.
Para já, a Alemanha continua a ser contra um papel maior do BCE e nos próximos dias vai exigir aos países do euro regras mais apertadas com condição para continuarem na moeda única.
O presidente da Comissão Europeia vai avisando que a ideia servirá para «reforçar a União Europeia e não para dividir a União Europeia».
Mas no jogo político, a Alemanha tem usado a pressão dos mercados para impor austeridade aos outros países: é um jogo de altíssimo risco, que tem fragilizado a Zona Euro e que agora se aproxima perigosamente do fim.
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