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UE prepara renegociação da austeridade com Grécia

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Notícia é avançada pelo «Financial Times» alemão. Ainda não é claro até onde Bruxelas está disposta a ir

Independentemente do desfecho das eleições legistativas de domingo na Grécia, qualquer executivo que dali saia vai querer renegociar o memorando de entendimento assinado com a troika. E parece que a União Europeia está disposta a fazê-lo, segundo a edição alemã do jornal «Financial Times», que cita fontes comunitárias.

Bruxelas não se furtará assim ao diálogo e, segundo o mesmo matutino, está então disposta a renegociar as medidas de austeridade. Tudo para evitar que o país saia da Zona Euro.

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Não é claro, no entanto, até onde é a União Europeia está disposta a ir para que Atenas não abandone a moeda única.

De qualquer modo, esta informação surge numa altura em que soa o alarme entre a população grega, que teme que o país seja forçado a sair do euro depois das eleições, e está a encetar uma verdadeira corrida aos depósitos. Os levantamentos têm estado entre os 500 e os 800 milhões de euros por dia.

Entretanto, o ministro alemão das Finanças veio dizer que os gregos podem votar em quem quiserem que nada vai mudar a real situação do país.

Ontem, o presidente do Conselho Europeu, Herman von Rompuy, reiterou que «se fará o possível para manter a Grécia na Zona Euro, desde que o país cumpra os compromissos assumidos», cita a Lusa.

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No mesmo dia, Angela Merkel sublinhou que se a Grécia não cumprir o programa de austeridade, «não é apenas a sua credibilidade que está em causa, mas a de toda a Europa».

Certo é que a chanceler alemã não quis criticar os atrasos na execução do programa de ajustamento grego - mesmo depois do perdão da dívida e do novo resgate -, como já fez em várias ocasiões anteriores.

Para a maioria dos comentadores políticos alemães, o tom adotado no seu discurso mostrou uma maior abertura da chanceler ao diálogo com os parceiros gregos. A ideia é evitar males maiores e uma potencial ameaça de implosão da Zona Euro.

Por vontade dos alemães, a Grécia devia ser afastada do euro. É o que indica uma sondagem publicada hoje pelo Instituto de Pesquisa YouGov, em que 69% dos inquiridos defenderam esta opinião, e só 17% foram contra um regresso de Atenas ao dracma.

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