Portugal está debaixo de todos os holofotes. A imprensa internacional está a destacar esta segunda-feira o pedido de ajuda iminente ao FMI dado cada vez mais como certo pelos economistas.
O tema merece destaque no editorial do «El País». O título, «Sem tréguas», é elucidativo: os mercados não deixaram de desconfiar da capacidade de Portugal para cumprir com os seus compromissos com dívida, a juros cada vez mais insustentáveis.
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«Pouco parece importar o provável cumprimento dos objectivos de redução do défice assumidos pelas autoridades lusas». E «o que parece estar a pesar nas diversas expectativas sobre as economias periféricas da Zona Euro é a vulnerabilidade dos sistemas bancários». Esse é «o caso de Espanha», pelo que «se Portugal se vê obrigado a recorrer ao fundo europeu, a atenção dos operadores financeiros vai centrar-se na sustentabilidade da dívida espanhola.
A Reuters diz que «Portugal está sobre pressão para recorrer à ajuda da UE/FMI».
No Wall Street Journal, «Portugal in market's hot seat», ou seja, a economia nacional está na berlinda, tem a batata quente da necessidade de socorro nas mãos.
No espanhol «Expansión» lê-se que «Portugal dispara a tensão da dívida pública europeia».
Estes são apenas alguns exemplos de como o alarmismo dos mercados em relação a Portugal está na ordem do dia, embora Bruxelas e os parceiros europeus estejam a negar qualquer pressão sobre a economia nacional para recorrer à ajuda. Uma fonte do Eurogrupo já chegou a dizer à Reuters que o valor para salvar o país ronda os 60 a 80 mil milhões de euros.
A moeda única europeia está a reflectir este pessismo e mantém-se perto de mínimos.
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