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Bruxelas e parceiros negam pressões para Portugal pedir ajuda

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Bruxelas nega a existência de qualquer pressão sobre Portugal, para que o país peça ajuda aos parceiros europeus e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). O comissário europeu para os Assuntos Económicos, Olli Rehn, garante que «não existem conversações a decorrer, nem se prevê que venham a ter lugar».

Num comunicado citado pela Bloomberg, o responsável reage assim às múltiplas notícias, na imprensa internacional, que dão conta da pressão dos parceiros europeus para que Portugal aceite ser resgatado pelo FMI, como forma de evitar o contágio à vizinha Espanha, a quarta maior economia do euro.

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A agência Reuters, que citava fonte comunitária, avançou no fim-de-semana que a França e a Alemanha estariam a pressionar Portugal, e apontava para a necessidade de um valor entre os 60 a 80 mil milhões de euros.

Antes de Olli Rehn, já a chanceler alemã tinha negado as pressões. «Não faz parte da estratégia do governo alemão pressionar Portugal a recorrer ao fundo de emergência europeu», garantiu o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, citado num artigo publicado esta segunda-feira pelo jornal «Handelsblatt».

O mesmo responsável disse também que «as especulações públicas não têm qualquer fundamento».

Esta segunda-feira, e depois de novas notícias, o porta-voz adjunto do governo germânico voltou a garantir à Lusa que «a Alemanha não pressiona ninguém, trata-se de uma notícia que aparece de forma recorrente aos fins de semana, em vários países».

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«Existe um mecanismo para prevenir crises que pode ser utilizado pelos países que assim o entenderem», acrescentou.

Também o governo francês disse já que «não confirma em absoluto» as notícias segundo as quais Paris, em ligação com Berlim, quer forçar Portugal a pedir ajuda financeira à União Europeia, disse à agência France Presse uma fonte governamental da equipa da ministra das finanças francesa, Christine Lagarde.

Quem também já veio falar do assunto foi a ministra das Finanças espanhola. Elena Salgado diz, citada pela Reuters, que «Portugal não tem de procurar nenhum tipo de plano de resgate porque está a cumprir os seus compromissos. Do ponto de vista do Governo espanhol, temos a certeza de que isso será reconhecido».

Quem parece dar como certo o pedido de resgate são os mercados, que estão a castigar fortemente Portugal. Os juros da dívida pública a 10 anos estão acima dos 7% e a bolsa de Lisboa está em queda livre.

Portugal continua, por isso, no centro das atenções dos media estrangeiros.

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