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Juncker: ameaça da S&P é «exagerada e injusta»

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Presidente do Eurogrupo mostrou-se «espantado» com a decisão da casa de rating acontecer em vésperas da cimeira europeia, considerando que «não pode ser uma coincidência»

O primeiro-ministro do Luxemburgo e líder dos ministros das Finanças da Zona Euro, Jean-Claude Juncker, considerou esta terça-feira «exagerada e também injusta» a ameaça da Standart & Poor`s de descer o rating de quinze países da moeda única.

«Estamos em vias de controlar a crise da dívida, estamos a consolidar, a reformar, estamos inclusivamente a reformar a forma como governamos», disse Juncker, numa entrevista concedida à rádio alemã Deutschlandfunk.

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«Espanta-me muito que essa notícia caia assim do céu, em vésperas da cimeira europeia. Isto não pode ser uma coincidência», acrescentou o chefe de governo luxemburguês, numa referência à decisão da agência de notação de segunda-feira de colocar 15 países do euro - incluindo seis países com notação máxima AAA, entre os quais a Alemanha, França - sob vigilância negativa.

«Não devemos dar às agências de notação mais crédito do que merecem», afirmou ainda Juncker, lembrando que elas próprias não previram a crise do crédito da habitação nos Estados Unidos em 2007.

Horas antes, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, apresentaram em Paris as grandes linhas de um projecto comum para a revisão do Tratado de Lisboa, que inclui sanções automáticas para os Estados que ultrapassarem o limite do défice.

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O presidente do Eurogrupo saudou a iniciativa franco-alemã e desejou que a Europa pudesse chegar a um acordo de princípio no próximo dia 9, assim como as modificações dos tratados possam ser aprovadas «o mais tardar em Março».

A ameaça da Standard & Poor`s logo originou reacções. Os mercados accionistas mergulharam no vermelho.

França e Alemanha dizem que o caminho está «traçado» e é com «convicção» que vão apresentar as suas propostas na cimeira de sexta-feira.

O FMI considerou crucial a sintonia franco-alemã, mas alertou que não chega e o um analista da DIF Broker não tem dúvidas de que a ameaça da S&P pretende ser um aviso para a tomada de decisões, mas decisões sérias e medidas concretas na cimeira europeia.

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