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Grécia precisa de mais de 170 mil milhões até 2014

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Europa e FMI poderão emprestar 45 mil milhões ao abrigo do segundo plano de resgate financeiro

Os governos europeus e o Fundo Monetário Internacional poderão emprestar 45 mil milhões de euros à Grécia, ao abrigo do segundo plano de resgate financeiro, para cobrir parte dos 170 mil milhões de euros das necessidades de financiamento entre 2012 e 2014.

A informação é avançada pela agência financeira Bloomberg, que cita duas pessoas conhecedoras do assunto, segundo as quais estes 45 mil milhões iriam juntar-se aos 57 mil milhões que sobraram do resgate financeiro do ano passado, mais 30 mil milhões em vendas de activos e mais 30 mil milhões em adiamentos concedidos pelos credores.

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Definir os contornos desta reestruturação permanece um dos aspectos mais sensíveis da negociação do pacote, uma vez que o Banco Central Europeu afirmou que as declarações dos responsáveis alemães para um alargamento do prazo de pagamento pode levar as agências de rating a declarar que a Grécia está em incumprimento financeiro, afirmaram as mesmas fontes, citadas pela Bloomberg.

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schauble, enviou uma carta outros ministros das Finanças da Zona Euro e ao presidente do BCE, onde pretende que a maturidade das obrigações do Estado grego seja adiada sete anos, o que implica que os credores receberão o seu dinheiro sete anos depois da data acordada quando emprestaram à Grécia.

Esta medida visa dar tempo à Grécia para recuperar a sua economia, mas colide com a posição da Comissão e do BCE, que se opõem a que os credores sejam envolvidos nas medidas de resgate da Grécia sem ser a título voluntário, pretendendo evitar um evento de incumprimento de crédito soberano na Zona Euro.

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Riscos de incumprimento para os países periféricos continuam a aumentar

Segundo a Reuters, para Bart Oosteverld, da Agência Moody`s, é difícil imaginar que é possível resolver a crise da dívida grega com os investidores privados a participarem voluntariamente. Para este especialista, «é difícil imaginar um gesto verdadeiramente voluntário, no ambiente actual».

Questionado sobre se este estilo de reestruturação da dívida grega será possível, Bart Oosterveld disse esta quinta-feira que a Zona Euro tem recursos para tratar da liquidez nos mercados, acrescentando que espera que esta liquidez suporte os países periféricos em dificuldades.

Mas alerta que os países em dificuldades que tentaram de alguma forma conter a reestruturação da sua dívida foram obrigados a fazer reestruturações bem mais profundas da que está a ser proposta pela Alemanha.

Para Oosterveld, «os riscos de incumprimento para os países periféricos da Europa continua a aumentar».

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