Não é só o derrame de crude no Golfo do México, a maior maré negra de sempre nos EUA, que está a afectar a imagem da BP. A petrolífera foi agora processada pelo Estado do Texas por ter emitido poluentes atmosféricos depois de um incêndio numa refinaria de Texas City, no dia 6 de Abril. A queixa apresentada ontem, segunda-feira, acusa a BP de privilegiar os lucros em detrimento do ambiente.
Esta é a segunda queixa apresentada em dois anos pelo Texas contra a BP por poluição atmosférica sempre com esta refinaria como alvo. Foi ali, aliás, que morreram 15 empregados em 2005 na sequência de uma explosão.
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A BP já recebeu multas federais recorde, mas a queixa apresentada agora pelo ministro da justiça do Texas, Greg Abbott, sublinha que o grupo petrolífero não aprendeu a lição e que emitiu ilegalmente cerca de 220 toneladas de poluentes atmosféricos durante um período de 40 dias durante do ano.
Os investigadores do Estado consideraram que incêndio podia ter sido evitado com uma utilização adequada dos equipamentos e as emissões também, se tivessem sido paradas as duas unidades ligadas ao compressor que originou o incêndio.
Em vez disso, as duas unidades foram colocadas em funcionamento após o incêndio «para não reduzir a produtividade», denunciou Abbott, citado pela agência Lusa.
«A BP fez muito poucos esforços para minimizar a emissão de poluentes atmosféricos causada pelas suas acções, privilegiando uma vez mais os lucros em detrimento das leis sobre o ambiente».
O responsável reclama prejuízos que vão até 25 mil dólares por cada dia que em que foram violados os critérios de qualidade do ar do Estado, bem como compensações para as despesas de justiça e de investigação.
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