A Estradas de Portugal (EP) diminuiu em 34 por cento o valor base dos concursos para a adjudicação da manutenção de estradas existentes, segundo os contratos assinados esta quarta-feira com as empresas responsáveis pela conservação da via, informa a Lusa.
No entanto, para o presidente da EP, Almerindo Marques, os 161 milhões de euros em vez dos 246 milhões previstos não podem ser considerados um «óptimo negócio».
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«Não é justo dizer um óptimo negócio foi o possível para melhorar os custos» para as obras necessárias, afirmou.
Almerindo Marques afirmou ainda que o preço base é calculado pela EP na base das estimativas, enquanto os empreiteiros sabem os preços de facto e há a «questão da concorrência».
Quebra de 6% nos investimentos previstos
Almerindo Marques admitiu ainda que a empresa diminua este ano em 6% o investimento inicialmente previsto, o equivalente a «dezenas de milhões de euros».
À margem da assinatura de contratos de concessão para conservação de estradas, o responsável respondeu aos jornalistas com uma pergunta quando foi instado a comentar a situação financeira da empresa: «Acha que é normal que alguma empresa tenha facilidade de crédito no mundo actual?».
Almerindo Marques acrescentou que a EP tem «necessidade de gerir as relações com as instituições financeiras» e aproveitou para explicar que a carta (alertando o Governo para as dificuldades de financiamento) serviu para «comunicar aos accionistas a necessidade relativamente ao seu plano de tesouraria».
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