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Lucro da EDP sobe 4% para 774 milhões de euros

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Menores ganhos de capital pressionam ganhos

A EDP registou lucros de 774 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, mais 4% que no mesmo período de 2009, anunciou a empresa.

O aumento dos resultados só não foi maior porque estes foram «penalizados por menores ganhos de capital». Ajustado de ganhos de capital, o resultado líquido cresceu 8%, suportado pela «sólida performance operacional e financeira», escreve a EDP no comunicado.

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No período em análise, o EBITDA (ganhos antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 9% (224 milhões), para 2.651 milhões de euros, suportado por vários factores. O primeiro factor a ajudar foi o negócio no Brasil, que aportou um aumento de 28% ou 108 milhões, impulsionado pela apreciação do real em 22% (89 milhões), pela retoma da procura e pelo impacto positivo dos ajustamentos tarifários anuais da Bandeirante e Escelsa.

O segundo foi o crescimento de 28% ou 105 milhões na actividade eólica suportada pela superior capacidade instalada (mais 27%) e um preço médio de venda 2% mais alto. Por fim, há ainda a ter em conta a subida de 12% ou 71 milhões de euros nas redes reguladas, impulsionado pelas actividades reguladas de gás (mais 53 milhões, decorrente do início de consolidação dos activos adquiridos à Gas Natural e de maiores proveitos regulados, em Espanha e Portugal). Excluindo o impacto cambial, no Brasil e EUA, o EBITDA cresceu 5%.

Resultado operacional sobe 2%

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O EBIT (resultado operacional) subiu 2% (31 milhões de euros), para 1.503 milhões, suportado por uma subida de 20% nas provisões, depreciações e amortizações líquidas, essencialmente decorrentes do aumento de capacidade instalada em 11%, do impacto cambial e do perímetro de consolidação alargado.

Os custos financeiros líquidos recuaram 8% (31milhões), para 348 milhões, influenciados por juros líquidos mais baixos (menos 9% ou 38 milhões), decorrentes da descida do custo médio da dívida em 50p.b., de 4% para 3,5%.

Os interesses minoritários cresceram 11% para 96 milhões de euros, fruto da maior contribuição da Energias do Brasil resultante da venda de acções próprias no quarto trimestre do ano passado.

Dívida cresce

A dívida líquida subiu de 14 mil milhões de euros para 16,2 mil milhões, reflectindo o investimento de 1,5 mil milhões projectos de expansão, 0,9 mil milhões na dívida líquida relacionado com activos regulatórios (0,5mil milhões impulsionado pelo aumento de défice tarifário em Espanha e por menores desvios tarifários a devolver à tarifa na distribuição; 0,4 mil milhões decorrente de pagamento de imposto resultante da venda em 2009 do direito de receber os défices tarifários em Portugal).

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Até Setembro deste ano, a EDP despendeu 1,4 mil milhões em 3.439MW de nova capacidade actualmente em construção (77% dos quais hídrica e eólica).

Para 2010, a EDP tem já 29TWh de vendas estimadas contratadas (representando um crescimento de 38% face ao ano de 2009), a preços que rondam 50 euros/MWh e margens térmicas perto de 10 euros//MWh.

Para 2011, a EDP contratou mais de 12TWh de vendas de electricidade (cerca de 65% da produção esperada), com preços e margens em linha com os contratados para 2010.

Necessidades de financiamento esperadas já cobertas

Os custos operacionais subiram 7% (92 milhões) reflectindo a apreciação do Real/US dólar, o aumento de actividade nas áreas de produção (+11% de capacidade instalada) e comercialização (+57% de volumes) e (3) consolidação dos activos adquiridos à Gás Natural.

No final de Setembro deste ano, «a EDP tinha uma posição total de caixa e de linhas de crédito disponíveis no valor de 3,9 mil milhões de euros, permitindo cobrir as nossas necessidades de financiamento esperadas em 2012».

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