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Zona Euro define garantias da Grécia à Finlândia

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Ministros das Finanças dos países do euro reúnem-se numa altura em que Atenas volta a estar sob pressão

A Grécia voltou a estar debaixo de fogo, com os analistas descrentes em relação à aprovação definitiva do segundo plano de resgate, uma vez que a Finlândia exige uma garantia extra para dar luz verde e participar nessa ajuda. Ora é por causa disso mesmo que a Zona Euro vai reunir-se esta sexta-feira, segundo avança o «Financial Times».

Citando três fontes comunitárias não identificadas, o jornal britânico adianta que o «grupo de trabalho europeu» vai discutir uma nova versão do «controverso» acordo de garantias de reembolso dadas pela Grécia à Finlândia.

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Esta nova versão poderá traduzir-se na entrega de propriedade ou de participações em empresas públicas ou instituições financeiras de Atenas.

A ideia é também fornecer as novas garantias a todos os membros da Zona Euro que queiram participar no programa de ajuda financeira e é aí que estarão colocadas «as esperanças» de que o segundo resgate seja aprovado.

As conversações com os credores privados sobre o seu papel no segundo plano de ajuda estão a «correr bem», segundo garantiu hoje o porta-voz da Comissão Europeia , Amadeu Altafaj, em Bruxelas.

O porta-voz disse ainda que não há razão para pensar que a participação do sector privado será muito diferente do nível antecipado no compromisso conseguido em Julho pelos líderes da União Europeia para o novo resgate, que totaliza os 159 mil milhões de euros.

O que acordaram afinal a Grécia e a Finlândia?

O acordo alcançado até agora entre Helsínquia e Atenas prevê que a Grécia faça um depósito em nome do Estado finlandês. Já a Finlândia investirá esse montante em activos com rating máximo (AAA) ao longo de 30 anos. O valor do depósito não foi divulgado oficialmente, mas as agências internacionais falam em 500 milhões de euros. Portanto, resta agora saber de onde virá o dinheiro.

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De acordo com o Governo finlandês, este «expediente» já estava previsto e foi aprovado por todos, uma vez que, na cimeira de 21 de Julho, Helsínquia já tinha assegurado a possibilidade de a Grécia lhe oferecer garantias bilaterais.

Mas a verdade é que há vários países que se mostraram desconfortáveis com este acordo, considerando que ele constitui uma discriminação face aos restantes Estados-membros que também vão ajudar a Grécia. Alemanha, Holanda e Áustria foram alguns dos países que se mostraram contra, e também são países AAA.

A Finlândia está agora disponível para negociar um acordo diferente, mas não abre mão de garantias extra. Sem elas, não aprova o segundo resgate e, sem o aval do Parlamento finlandês, a participação do país no empréstimo não pode avançar.

A pressão que tem sido exercida sobre a Grécia nesta matéria pode ter consequências no rating de outros Estados «problemáticos» da Zona Euro, na óptica da Moody`s. Portugal e Irlanda estão inevitavelmente nesse grupo.

Ainda no âmbito do primeiro resgate, a Grécia deverá receber a quinta tranche no final de Setembro.

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