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PSD recusa novo aumento de impostos: «Governo esbulha os portugueses»

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«É inadmissível que o ministro das Finanças não cumpra com o prometido há quatro meses», diz Nogueira Leite. E rejeita qualquer responsabilidade do PSD numa eventual demissão do Governo

O PSD é peremptório e não apoia um novo aumento de impostos, mesmo com as ameaças de crise política a assombrarem as conversações entre o Governo e os sociais-democratas.

Nogueira Leite garantiu esta sexta-feira, na sede do PSD, que os sociais-democratas não sentem qualquer responsabilidade por uma eventual demissão do Governo. O conselheiro do partido quer que o ministro das Finanças cumpra o «prometido há quatro meses» e recorda que o PSD já «caucionou» um aumento de carga fiscal para 2011. «Asfixiar mais os portugueses não é possível».

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O conselheiro de Passos Coelho disse ainda que é «inadmissível que o Governo não cumpra o acordo que fez com o Parlamento, com o PSD, com Bruxelas, e tenha a desfaçatez de pedir mais impostos».

«Ficou acordado há quatro meses, quando os mercados nos pressionavam, tanto para 2010 como para 2011 um plano de corte na despesa ¿ uma redução de 1400 milhões de euros ¿ e também um aumento de impostos de mil milhões de euros este ano e 2,4 mil milhões no próximo ano».

«Na altura foi perguntado se eram precisas mais medidas ¿ e o PSD estava disposto a cortar ainda mais do lado da despesa ¿, o Governo disse que não. E agora não cumpre com o prometido», disse ainda o economista do PSD, que não percebe o «buraco de 4 mil milhões de euros» que o Governo encontrou.

O pior, disse ainda, é que «Espanha cumpriu as suas obrigações. E Portugal é o país divergente na União Europeia» enquanto «esbulha o dinheiro dos portugueses para dar aos seus amigos». Isto porque, para Nogueira Leite, «as noticias são de total descontrolo. Ainda ontem uma empresa pública deficitária, as Águas de Portugal pagaram mais 400 carros topo de gama».

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«O Governo não pode asfixiar mais o país com o permanente esbulho dos portugueses». E por isso o social-democrata, que negociou o acordo do PEC, há quatro meses, diz ter «esperança que o Executivo ainda encontre uma réstia de orgulho, esperança e vontade para cumprir os acordos que fez com os portugueses e com a União Europeia».

Para o conselheiro nacional do PSD, o Governo está prejudicar a imagem do país com «brincadeiras» e com um «jogo político» sobre a aprovação do Orçamento do Estado para 2011. «Eu tenho a noção do que é que este jogo político permanente, do que é que esta transgressão dos acordos e dos princípios faz à reputação de Portugal lá fora», completou, numa reacção às declarações feitas na ontem à noite pelo ministro da Presidência.

Questionado sobre o é que foi proposto quanto a aumento de impostos pelo primeiro ministro nas reuniões desta semana com o presidente do PSD, que foram tornadas públicas por Pedro Silva Pereira no final da reunião Conselho de Ministros, Nogueira Leite criticou essa atitude do ministro da Presidência.

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«Ao contrário do senhor ministro da Presidência, eu não gostaria de comentar uma reunião privada da qual não fiz parte. A única coisa que eu sei é o que já é público e que me foi transmitido depois das infelizes declarações do senhor ministro da Presidência: que, de facto, o Governo põe como condição a necessidade de, para além do aumento da carga fiscal que já está acordada connosco, de 2,4 mil milhões de euros, vir ainda com um novo aumento de impostos».

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