O Governo italiano reviu esta quarta-feira em baixa a previsão para o andamento da economia este ano e aponta agora para uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,2%, quando inicialmente esperava uma recessão de 0,4%. Ou seja, a contração será o triplo do previsto.
Do Documento de Economia e Finanças (DEF), aprovado em Conselho de Ministros, consta ainda o adiamento da meta de atingir o equilíbrio das contas públicas, que passa de 2013 para 2014. O governo presidido por Mario Monti antecipa um agravamento do défice previsto para 2012 em uma décima, para 1,7% do PIB. Em 2013, o défice público deverá recuar para 0,5% do PIB, quatro décimas acima da anterior estimativa, e os 0,1% inicialmente previstos para esse ano só deverão a ser atingidos em 2014.
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Projeções mais otimistas que as divulgadas na terça-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A entidade liderada por Christine Lagarde diz que Itália acabou 2011 com um défice de 3,9% e não conseguirá equilibrar as contas antes de 2017, devendo registar um défice de 2,4% este ano e de 1,5% em 2013.
No documento aprovado pelos ministros italianos fica, no entanto, a promessa de que não serão necessários mais planos de ajustamento. «Apesar dos progressos feitos, ainda há um longo caminho a percorrer, num contexto já mais favorável, mas ainda marcado por elementos de incerteza», escreve o Conselho de Ministros italiano, acrescentando que «os próximos meses oferecem uma janela de oportunidade que tem que ser aproveitada».
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