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Vítor Bento: se não ajudássemos a Grécia, saíamos fragilizados

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Portugal vai participar no esforço europeu com 774 milhões de euros. Cada português dá 73 euros. Vítor Bento diz que «faz sentido»

O economista e presidente da SIBS, Vítor Bento, disse esta segunda-feira que «faz sentido Portugal participar na ajuda à Grécia» até porque «se nos excluíssemos assinávamos uma vulnerabilidade que nos pode ser dada».

«Estamos numa onda de solidariedade. Faz sentido que todas as partes tentem participar, embora não seja uma necessidade que esteja no nosso horizonte. Há que fazer sacrifícios», disse Vítor Bento à margem do seminário «O Financiamento da Economia Portuguesa» promovido pelo ISEG.

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O economista adiantou que se Portugal se afastasse do plano de ajuda europeu à Grécia - num total de 30 mil milhões de euros e que pode implicar um empréstimo por parte de Portugal de mais de 700 milhões de euros - estaria a pôr a economia portuguesa em fragilidade particular. «Assinávamos uma vulnerabilidade que nos pode ser dada».

Peso do Estado devia ser «mais pequeno»

Vítor Bento comentou ainda os números avançados esta segunda-feira pela OCDE que garantem que Portugal registou em Fevereiro um comportamento positivo, apesar de ter sido ao ritmo mais lento dos últimos setes meses.

«São números que nos preocupam mas que já estávamos à espera», frisou antes de sublinhar que o «crescimento do país tem sido fraco».

O indicador avançado, que tenta antecipar o comportamento da economia no semestre seguinte, subiu de 101,73 em Janeiro para 102,74 pontos em Fevereiro.

Já quanto ao peso do Estado da economia, Vítor Bento foi peremptório: «se olharmos para os últimos 30/40 anos, percebemos que o peso [do Estado na economia] cresceu sempre. Não acontece, portanto, só agora» explicou, antes de acrescentar que «preferia que o peso do Estado fosse mais pequeno e mais eficiente».

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