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«Clientes do papel comercial tinham direito a ser reembolsados»

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Ex-presidente do BES diz que o banco ficou com «provisões extraordinárias» que permitiriam esse reembolso e que não foi dado «tratamento especial» a outros clientes

Segundo o ex-presidente do BES, as ordens eram para serem mostradas aos clientes as fichas técnicas com todas as informações. Ou seja, mais uma vez, o ex-presidente do BES empurra responsabilidades para o governador do Banco de Portugal, que, assegura, até tinha «uma lista, uma base de dados dos clientes das diferentes instituições do GES» que «deviam ser reembolsados». Sobre a classificação dos clientes de retalho, o ex-presidente do BES afirmou não se lembrar e não saber em que documento do Banco de Portugal está a lista, mas sublinhou que essa classificação foi aceite pelo BdP.

Ricardo Salgado garante que os clientes do papel comercial do GES deviam conhecer o «risco» dessas emissões, mas também defende que os lesados teriam que ser reembolsados, uma questão que nem o Banco de Portugal nem o Novo Banco conseguiram resolver até ao momento.  

«Esses clientes tinham direito a ser reembolsados. Ficaram no BES provisões excedentárias que deviam permitir reembolsar todos estes clientes».

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«Os prospetos diziam que havia risco», ressalvou, admitindo, no entanto, que tenha existido «ultrapassagem dos poderes». Ainda assim, Salgado acredita que «os casos são pontuais» e que a percentagem de lesados era ínfima.   

«Houve dinheiro posto de lado para o reembolso destes clientes».

A deputada do CDS Cecília Meireles confrontou então Salgado com os 739 milhões de euros que a auditoria forense refere que serviram para pagar a clientes que não eram clientes de retalho.

«Não era para dar tratamento especial a esses clientes, era para agir de acordo com as exigências do Banco de Portugal. Eram clientes não institucionais. Estamos tranquilos em relação a isso».

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