A Reserva Federal norte-americana acaba de anunciar mais um corte na taxa de juro dos EUA, para 3%.
Trata-se de um corte de 50 pontos base, que vem de encontro àquilo que eram as expectativas dos analistas para a reunião desta quarta-feira.
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Recorde-se que já há oito dias a Reserva Federal tinha reduzido as taxas de juro 75 pontos base, dos 4,25% para 3,5%, colocando o preço do dinheiro dos EUA abaixo do praticado na Zona Euro (4%), pela primeira vez.
O banco central viu-se obrigado a cortar as taxas devido aos efeitos da crise do crédito de alto risco (subprime), que estão já a fazer abrandar a economia dos EUA. De resto, o cenário de uma recessão é já apontado pelos economistas como cada vez mais provável.
Os investidores têm andado nervosos perante esta expectativa, e acabaram por provocar fortes quedas nos mercados ao longo das duas últimas semanas, tanto na Europa como nos EUA e na Ásia, devido ao receio de uma propagação do impacto da crise do subprime.
A descida da taxa de juro nos EUA surge apesar da elevada taxa de inflação do País, que há muito ultrapassou o intervalo de 1 a 2%, traçado pela Fed como sendo o ideal.
Soube-se esta quarta-feira que a maior economia do Mundo cresceu apenas 0,6% no quarto trimestre de 2007 face ao homólogo, em forte desaceleração face aos 4,9% homólogos conseguidos no terceiro trimestre. Olhando para o acumulado do ano passado, os EUA cresceram 2,2%, também em desaceleração face aos 2,9% de 2006.
Do lado de cá do Atlântico, os analistas apostam numa descida das taxas dentro de dois ou três meses, mas o Banco Central Europeu (BCE) tem mantido um discurso que vai mais no sentido de as manter.
O problema que impede o BCE de cortar os juros, numa altura em que as previsões de crescimento para a economia da Zona Euro estão a ser revistas em baixa é precisamente a inflação, que está também muito acima do tecto por si fixado (2%) como ideal para a estabilidade de preços.
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