A dois meses da publicação do próximo estudo económico sobre Portugal, a directora sublinha que alguns dos problemas comunicados em Novembro de 2004, no Economic Survey of Portugal da OCDE, ainda se mantêm.
«Apesar das reformas e das melhorias, as medidas tomadas nos últimos anos não permitiram que Portugal acompanhasse os restantes países da OCDE», disse.
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Além da lenta abertura dos mercados de telecomunicações e electricidade, Bénédicte Larre acrescenta que a legislação laboral, a burocracia administrativa e a educação são obstáculos ao crescimento económico.
A OCDE estima, ainda, que a economia portuguesa vai ganhar um novo impulso em 2006 e 2007. No entanto, a organização indica a possibilidade de existir um desfasamento em relação ao crescimento económico médio da União Europeia, porque a economia deverá funcionar bem abaixo do seu potencial.
Apesar de projectar um fortalecimento da actividade económica nacional, movida por mercados de exportação mais fortes, a OCDE prevê que Portugal continue a perder quotas de mercado. É que, adiantou Bénédicte Larre, a competitividade dos preços praticados pelas empresas nacionais vai continuar a deteriorar-se.
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