A operadora de telecomunicações respondeu na segunda-feira à OPA lançada pela Sonaecom e, entre as várias medidas anunciadas, comprometeu-se a fazer crescer os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) a um ritmo entre 3 e 5% nos próximos três anos.
Paralelamente, comprometeu-se obter poupanças de 150 milhões de euros até 2008, a par de poupanças de 100 milhões de euros relativas a capex.
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A PT prevê ainda gerar entre 5 e 5,5 mil milhões de euros de free cash-flow operacional ao longo dos próximos três anos, à taxa de câmbio actual.
O Millennium bcp Investimento refere, numa nota de research divulgada hoje, que «ainda é desconhecida» a forma como a PT irá gerar as poupanças anunciadas e até que ponto estas «implicarão custos de reestruturação», por via da redução de pessoal.
O BPI também questiona, na nota diária de research, «de onde virão as poupanças» anunciadas pela PT, se «até agora não havia qualquer referência» sobre essa matéria.
Face às novas metas de crescimento traçadas pela administração da empresa para 2006/2008, os analistas Ricardo Seara e Flora Trindade mostram-se «mais conservadores», prevendo uma geração de free-cash flow operacional em torno de 4 mil milhões de euros e uma estagnação do EBITDA nesse período.
Os analistas salientam que a diferença entre as suas avaliações e as da equipa de gestão da PT residem precisamente nos cerca de 250 milhões de euros de poupanças que a empresa espera conseguir.
O analista John dos Santos, da Lisbon Brokers, também prevê, na nota divulgada hoje, que o EBITDA da operadora de telecomunicações estagne até 2008.
O especialista reitera, contudo, a recomendação de compra sobre os títulos da empresa, recordando que a Sonae precisa de 5% do capital da PT para solicitar a desblindagem dos estatutos da operadora na reunião de accionistas, agendada para 21 de Abril.
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