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Lucro da PT deve ter caído 25% para 440,8 milhões de euros

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Os resultados líquidos da Portugal Telecom (PT) deverão ter caído 24,6 por cento no ano passado, face a 2004, para 440,88 milhões de euros, segundo a média das estimativas de seis casas de investimento.

As estimativas oscilam entre os 383 milhões de euros apontados pela Goldman Sachs e os 480 milhões previstos pela Ibersecurities, segundo a análise avançada hoje pela «Lusa».

Em 2004, o lucro da PT atingiu 585 milhões de euros.

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Segundo os analistas que acompanham a PT, a explicar a queda de resultados em 2005 esteve principalmente o desempenho da empresa no segmento móvel, quer em Portugal, quer no Brasil.

Segundo a Lisbon Brokers, tendo em conta a OPA lançada pela Sonae sobre a operadora no início de Fevereiro, a divulgação das contas anuais será a derradeira oportunidade para a administração da PT conquistar «um voto de confiança dos accionistas», antes da assembleia-geral de 21 de Abril.

Enquanto na operação no Brasil, tal como no segmento móvel em Portugal, a tendência foi de «estreitamento das margens», a rede fixa «continua a melhorar em termos operacionais» graças ao contributo positivo do programa redução de pessoal, salientou o analista John dos Santos.

Isto, «apesar de não haver grande crescimento», acrescentou o especialista.

Os especialistas do Banif consideram que as tendências verificadas em 2004 vão manter-se, salientando que a queda no tráfego de voz foi «apenas parcialmente compensada» pelo crescimento da banda larga, uma vez que «até neste segmento a competição está a ficar mais difícil».

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A Goldman Sachs destaca, num relatório sobre a PT divulgado no final da semana passada, que a operadora enfrenta um «mercado doméstico difícil», caracterizado pela debilidade económica e medidas de austeridade para combater o défice orçamental.

Além disso, sublinha a casa de investimento, a pressão competitiva da Vodafone «terá pesado no EBITDA do segmento móvel, o que deverá voltar a acontecer em 2006».

No Brasil, refere a Goldman, a operadora móvel Vivo tem acusado a elevada concorrência, apresentando um diminuto crescimento de receitas e acrescida pressão nas margens.

Para 2006, o Crédit Suisse espera algumas melhorias para a actividade da PT no Brasil, salientando, numa nota hoje divulgada, que «a maioria das operadoras deverão focar-se na rentabilidade» e que a Vivo poderá apresentar uma considerável melhoria das margens desde que se esforce do lado da redução de custos.

O Crédit Suisse também destaca que os resultados de 2006 serão influenciados positivamente pelo IPO (entrada em bolsa) do Universo Online, agendado para Dezembro.

A Lusa também tentou contactar os analistas da Espírito Santo Research, Caixa BI e Santander de Negócios, mas estes não se mostraram disponíveis para divulgar estimativas, alegando que estão impossibilitados de divulgar informação sobre a PT.

O Banco Espírito Santo (BES) e a Caixa Geral de Depósitos (CGD), grupos a que pertencem a ESR e a Caixa BI, respectivamente, são accionistas da PT, enquanto o Santander Totta (a que pertence o Santander de Negócios) é a instituição que financiará a eventual a Sonae numa eventual aquisição da operadora de telecomunicações.

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