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«Portugal é o melhor país para uma empresa de tecnologia»

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Criada em 2000, a YDreams tornou-se numa empresa de tecnologia empreendedora, com escritórios em Barcelona, Xangai, Rio de Janeiro e agora em Austin, Texas.

Em entrevista à «Agência Financeira», o CEO, António Câmara, explica que Portugal é mais receptivo à inovação do que Espanha e a maioria dos países europeus.

A YDreams foi criada em 2000 com a filosofia de não criar projectos imediatamente rentáveis mas apostar na inovação. A filosofia mantém-se?

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Começámos por ser um laboratório de investigação académica e, quando iniciámos as operações, continuámos a sê-lo, mas um laboratório de investigação, privado e que tinha de vender projectos. Ainda hoje estamos nesta transição, com três destinos: em primeiro lugar, somos uma empresa que vende produtos globalmente; em segundo, um laboratório de mercado que testa produtos em Portugal e no mundo; e, por último, um laboratório de investigação em que não só alimentamos estas divisões comerciais mas estamos também a preparar novas empresas.

Portugal é, portanto, um laboratório de teste.

Sim, Portugal serve sempre como laboratório. É aqui que nós criamos as ideias, que fazemos a produção em geral, embora estejamos a olhar para outros mercados do mundo e é aí verdadeiramente que testamos as ideias. Já estamos em Lisboa, Barcelona, Xangai, no Rio de Janeiro e São Paulo e vamos agora para Austin, Texas (Estados Unidos).

Esse processo de internacionalização foi natural para a YDreams?

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Quando criámos a empresa tivemos sempre em mente o mundo e não apenas Portugal. Mas o processo de internacionalização tem de ser cauteloso: só nos estabelecemos num novo país quando sentimos que há receptividade aos produtos e projectos. Estamos a criar dois grandes modelos de escritórios: um, que é o modelo português, é o laboratório. O outro foi o que iniciámos em Barcelona, o «Playground Office», um misto de galeria e de escritório. É esse o modelo que vamos expandir. Portugal vai ser sempre o nosso laboratório, até porque vamos ter um novo edifício no «campus» da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Sentem que Portugal esteve sempre preparado para receber a YDreams, tendo em conta o atraso económico face a outros países da União Europeia?

Portugal é o melhor país que nós podemos ter para uma empresa tecnológica. Há uma enorme receptividade aos nossos projectos. Recebemos sempre a melhor aceitação quer do Estado quer das empresas privadas. Ao contrário do que as pessoas pensam, Portugal tem muito maior receptividade à inovação tecnológica do que Espanha e a maior parte dos outros países da Europa.

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E como se comporta a concorrência a nível local e internacional?

Há sempre concorrência e ainda bem. Obviamente que a maior concorrência é a nível internacional. Mas temos sido sempre pioneiros e julgamos que estamos sempre um passo à frente da concorrência. Se se for ao Google e pesquisar por «smart stores», nós somos a primeira empresa a aparecer. O mesmo acontece se se procurar por «interactive billboards». O nosso trabalho vai continuar nesse sentido.

A primeira empresa que se associou à YDreams foi a Vodafone (na altura, Telecel). Como correu essa parceria?

Esse contacto veio do António Mega Ferreira que, tendo em conta as ideias que nós tínhamos desde a altura da Expo98, sugeriu que contactássemos a Telecel. Fomos por eles informados que havia um concurso internacional para realizar mapas para a «web» e ganhámos. Desde aí, temos trabalhado sempre com a Vodafone em diversos projectos pioneiros, como o lançamento do «Undercovers», o primeiro jogo baseado em localização do mundo, com interface visual. Obviamente, hoje, temos outros parceiros, como a Portugal Telecom.

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