O ministro da Finanças, Teixeira dos Santos, acredita que a crise está a bater no fundo. O «caminho não é de fácil concretização», assegura, e estamos «a atravessar o pior da crise».
Num jantar promovido pela Associação Comercial do Porto (ACP), no Palácio da Bolsa, Teixeira dos Santos afirmou que a «conjuntura exige mais intervenção do Estado», o que «implica mais despesa pública», no entanto a «ideia chave para a retoma passa pela dinâmica do aumento de competitividade das pequenas e médias empresas (PME)».
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As declarações de Teixeira dos Santos (vídeo)
«O Governo opta pelo investimento público que exija o envolvimento de pequenas empresas», mas «também aposta no investimento privado». O ministro das Finanças não tem dúvidas de que «o caminho passa pelas PME».
«A resolução começa já hoje»
Tendo em conta que a «crise cria desafios adicionais a longo prazo», o ministro defende o desenvolvimento de «propostas claras». Nesse sentido entende que «a resolução começa já hoje»; «de forma responsável, não pondo em risco o futuro».
Acreditando que esta é a pior fase da crise, e ainda que saiba que «a recuperação em Portugal depende da crise internacional», Teixeira dos Santos pede para que os empresários não fiquem «de braços cruzados» e alerta para o facto de que «as empresas têm que aproveitar a viragem»: «Do Estado as empresas devem esperar o incentivo ao empreendedorismo».
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O ministro das Finanças sublinha que o Governo «fará o que for necessário para apoiar o tecido empresarial», numa lógica de promover a «competitividade», para posteriormente «afastar as dependências do Estado».
No caminho da «qualidade e sustentabilidade das finanças», para além da aposta «no sector privado», o titular da pasta das finanças apelou para «fomentação do desenvolvimento tecnológico» e na «promoção da investigação cientifica».
A crise pode ser «uma oportunidade»
Num cenário de crise, o ministro das Finanças admite que a «situação é difícil, mas devemos olhar como uma oportunidade». Reconhece que «apostar na competitividade é a via para garantir o futuro» e que, acima de tudo, as PME podem ser a resposta para que na retoma o estado diminua a divida pública.
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