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Kosovo: Sérvia «anulará» independência

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Presidente Boris Tadic intransigente quanto ao estatuto da região

A Sérvia «anulará» qualquer decisão das autoridades kosovares sobre uma eventual independência da província sérvia do Kosovo, declarou hoje o Presidente sérvio, Boris Tadic, no final de três dias de negociações infrutuosas em Baden, Áustria, noticia a Lusa.

«Anularemos quaisquer decisões que conduzam o Kosovo à independência», disse Presidente sérvio aos jornalistas em Baden.

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«Utilizaremos todas as medidas legais e diplomáticas para anular uma tal decisão», adiantou Tadic, prometendo abster-se de qualquer violência.

O Presidente sublinhou que a Sérvia apenas reconhece actualmente a legitimidade da última resolução (1244) do Conselho de Segurança da ONU sobre o Kosovo, adoptada em 1999 e que estipula a integridade territorial da Sérvia e a soberania desta sobre o Kosovo, província sérvia do sul.

EUA defendem independência como «única solução»

A independência é «a única solução» para o Kosovo e vai permitir a estabilização, mesmo que nem todos os países da União Europeia a reconheçam, afirmou hoje o embaixador dos Estados Unidos em Lisboa.

«Os Estados Unidos defendem que um Kosovo independente é a única e a melhor solução», declarou Alfred Hoffman, que sábado cessa funções em Lisboa, numa entrevista à agência Lusa.

«Esperamos que as Nações Unidas aprovem uma resolução mas, se não o fizerem e for declarada a independência, tem de haver um amplo conjunto de países que reconheça um Kosovo independente», acrescentou.

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Negociações sem sinais de progressos

Sérvios e kosovares prosseguem em Viena as negociações para um acordo quanto ao futuro estatuto da província sérvia de população albanesa, mas a ausência de qualquer sinal de progressos persiste, quando faltam poucos dias para a data-limite de 10 de Dezembro.

Uma resolução do Conselho de Segurança da ONU a conceder a independência à província é igualmente improvável, com a persistente ameaça de veto da Rússia, e os dirigentes kosovares albaneses já anunciaram que tencionam declarar unilateralmente a independência.

Do lado da União Europeia, países como Chipre, Grécia e Espanha manifestaram reservas em apoiar a independência por recearem que se torne um precedente para as regiões independentistas europeias e, sem uma resolução da ONU, será ainda mais difícil aceitarem subscrever uma posição comum da UE.

«O ideal seria que todos os membros da UE reconhecessem o Kosovo, mas isso provavelmente não é realista», declarou o embaixador dos Estados Unidos, acrescentando no entanto que compreende mas não considera válido o argumento do precedente.

«Não penso que seja um argumento válido, porque cada situação é diferente (¿) Os casos europeus são (¿) regiões que querem ser independentes ou autónomas, mas nenhuma delas é oprimida nem nenhuma delas corre o risco de ver entrar um exército a matar todos os que são muçulmanos ou católicos», disse.

Em contrapartida, prosseguiu, «o Kosovo precisa de ser independente para evitar um genocídio» - risco que «continua a existir» - e «se a maioria dos países da UE, os Estados Unidos e outros países do mundo reconhecerem a independência do Kosovo, a independência contribuirá para o bem de todos».

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