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Milhares nas ruas contra Kosovo independente

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Em Belgrado, juntaram-se mais de 100 mil pessoas em protesto

Mais de 100 mil pessoas concentraram-se esta quinta-feira no centro de Belgrado para uma manifestação contra a independência do Kosovo, segundo uma estimativa de jornalistas da agência noticiosa francesa AFP.

Milhares continuavam a chegar à grande praça frente ao Parlamento sérvio após o início da concentração às 17h00 (16h00 em Lisboa).

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Os manifestantes, que agitavam bandeiras sérvias e gritavam «O Kosovo é o coração da Sérvia», concentravam-se junto a uma tribuna onde são esperados diversos oradores.

Bandeiras de Espanha e da Roménia, dois membros da União Europeia que se opuseram à independência do Kosovo, bem como da Rússia, grande aliado sérvio, também eram transportadas pelos manifestantes.

O grande ausente em Belgrado é o presidente Boris Tadic, em visita à Roménia.

Kosovo: maioria da UE reconhece independência

Portugal reconhecerá independência

Também na República Srpska (RS), entidade sérvia da Bósnia Herzegovina, milhares de sérvios bósnios protestaram hoje em várias cidades contra a independência do Kosovo.

Em Banja Luka, capital da RS, os cerca de 2.000 manifestantes, sobretudo jovens, protestaram, em alguns momentos com violência, constatou uma jornalista da AFP.

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No final da manifestação, grupos isolados provocaram as forças da ordem que usaram gás lacrimogéneo para os afastar. Cinco polícias foram feridos à pedrada e vários manifestantes foram detidos.

Durante a manifestação foram queimadas bandeiras dos Estados Unidos, da União Europeia e da Alemanha, contra o reconhecimento da independência do Kosovo por Washington e pela maioria dos países da UE.

Os manifestantes gritaram slogans ameaçadores e insultuosos contra os albaneses do Kosovo, antes de se dirigirem para a missão diplomática norte-americana, da qual não se conseguiram aproximar devido ao dispositivo policial.

Manifestações semelhantes reuniram milhares em Trebinje (sul), Doboj (nordeste), Pale (perto de Sarajevo) e Lukavica (na periferia da capital bósnia).

O primeiro-ministro sérvio bósnio criticou a violência à margem da manifestação organizada em Banja Luka.

«A violência não ajuda ninguém. O governo não pode aceitar a violência seja qual for a razão», declarou Dodik, que era esperado na manifestação em Belgrado.

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No sul da Sérvia, também algumas centenas de antigos reservistas militares sérvios se juntaram aos protestos, tendo passado a linha de delimitação com o Kosovo onde enfrentaram a polícia kosovar, sem que se registassem feridos.

Segundo meios de comunicação social sérvios, os reservistas protestaram na localidade de Merdare e atiraram pedras contra os polícias kosovares, com fardamenta anti-distúrbio, que formaram um cordão para impedir a sua passagem.

Reconhecimento de 16 países

Quatro dias depois da proclamação da independência do Kosovo, apenas 16 países reconheceram efectivamente a declaração e seis já recusaram aceitar o novo estado, entre eles Rússia, Sérvia, Geórgia, Espanha, Chipre e Roménia.

Os países que já reconheceram formalmente a independência do Kosovo são Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Áustria, Luxemburgo, Letónia, Dinamarca e Estónia e, fora da União Europeia, os Estados Unidos, a Albânia, o Afeganistão, a Turquia, o Senegal, a Austrália e Taiwan.

Prestes a reconhecer formalmente o novo Estado estão, na UE, Holanda, Bélgica, Irlanda, Finlândia, Suécia, Hungria, Polónia, Eslovénia, Bulgária e Lituânia. No resto do mundo, a Croácia e a Noruega.

Há ainda países com algumas reservas face à independência, entre os quais Portugal, Grécia, Eslováquia, República Checa, Malta, bem como a China.

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