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Bangladesh: natureza que mata (fotos)

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A Comissão Europeia (CE) anunciou esta segunda-feira a concessão de mais cinco milhões de euros para ajuda humanitária de emergência às vítimas do ciclone Sidr, que devastou quinta-feira o sul do Bangladesh, escreve a Lusa.

Esta foi a resposta de Bruxelas ao pedido de auxílio do governo do Bangladesh à comunidade internacional, que também despertou declarações de ajuda nos governos da Alemanha, Reino Unido e Itália.

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Os peritos que a Comissão mantém no Bangladesh, através do seu departamento de ajuda humanitária (ECHO), comprovaram que a força do ciclone provocou «a total devastação de algumas povoações», deixando os seus habitantes «sem nada», afirmou o comissário europeu para a Ajuda Humanitária, Louis Michel, em comunicado.

Segundo o comissário, os peritos salientaram que o ciclone «destruiu as casas de cerca de 280.000 pessoas».

Apesar das necessidades imediatas a que se destinam os novos fundos aprovados sejam «comida, água potável, abrigo, roupa, cobertores, utensílios de cozinha, sabão e garrafas», Louis Michel recordou também «os enormes danos causados nas infra-estruturas, na agricultura e na pecuária».

O pior ciclone da última década

O mais grave ciclone da última década no Bangladesh já provocou mais de 3.000 mortos, segundo o último balanço oficial, embora o Crescente Vermelho receie que as baixas humanas sejam superiores a 10.000.

A ajuda da Comissão Europeia, que no total ascende a 6,5 milhões de euros, será gerida pela ECHO e distribuída por organizações internacionais como a ONU, o Crescente Vermelho e outras não governamentais.

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão anunciou entretanto que vai duplicar a sua ajuda humanitária às vítimas do ciclone para um milhão de euros.

A ajuda do governo da Alemanha vai ser distribuída através das organizações não-governamentais que trabalham com a cooperação alemã no terreno.

Em comunicado, aquele ministério informou que a prioridade será a assistência de emergência e referiu a importância da distribuição de água potável, alimentos e abrigo.

Também o governo britânico anunciou o envio de 2,5 milhões de libras (3,75 milhões de euros) para ajuda humanitária ao Bangladesh.

A ajuda será distribuída por intermédio da ONU e vai ser orientada para o abastecimento de alimentos e água, assim como para prestação de cuidados médicos e reparação de habitações, precisou o Ministério para o Desenvolvimento Internacional britânico, em comunicado.

Apelos de ajuda

Em Londres, organizações como a Cruz Vermelha, Save the Children e a Oxfam lançaram também apelos de urgência para angariação de fundos para o Bangladesh.

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Por seu lado, o governo italiano anunciou o envio de mais de 5.000 toneladas de alimentos para as vítimas do ciclone, além de tendas, cobertores, medicamentos e material sanitário.

O Bangladesh pediu ajuda à comunidade internacional para as vítimas do ciclone Sidr, que se encontram numa situação desesperada por falta de alimentos, água potável e abrigo, e à mercê de epidemias.

«Estamos a fazer tudo o que podemos, contudo a extensão da calamidade é, simplesmente, demasiado grande», afirmou em comunicado o ministro para os Negócios Estrangeiros do Bangladesh, Iftekhar Ahmed Chowdhury.

O ciclone arrasou quinta-feira a costa do Bangladesh com ventos de cerca de 233 quilómetros/hora e causou a deslocação de 3,2 milhões de pessoas através de um plano de evacuação que conseguiu minorar o cenário trágico.

Tanto o Exército do Bangladesh como organizações não-governamentais estão actualmente a distribuir arroz e água potável na maioria das zonas afectadas, no sul e sudoeste do país, que sofreu a passagem de 80 ciclones nos últimos 125 anos.

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